O porta-aviões saiu para alto mar sem nenhum código naval, já que não ele não entrou em serviço, assim disse a fonte agregando que a navegação na zona foi restringida pelas autoridades marítimas até o próximo domingo. Não obstante, segue sem conhecer a duração dos testes.
O Global Times menciona Li Jie, do Instituto de Pesquisa Naval do Exército Chinês, quem opina que os testes incluirão provavelmente testes sobre sua capacidade, armamento e sistema de controle. O Ministério da Defesa Nacional chinês disse que dará novos detalhes dos testes nos próximos dias.
Depois dos testes, segundo fontes oficiais, o porta-aviões regressara ao porto de Dailan, na província de Liaoning, para continuar os trabalhos de recondicionamento. Levará um tempo grande ainda para que o novo porta-aviões esteja completamente operacional, revelam fontes militares.
Temores externos
Um grande número de jornais, revistas e site fora da China repercutem a primeira saída ao mar do primeiro porta-aviões.
O britânico The Gardian qualifica o evento como uma “potente demonstração da crescente potência naval que esta criando orgulho em casa e preocupação no resto da região”. O japonês Asahi Shimbun mencionava que a “China é o único país da Ásia Oriental com um porta-aviões em sua frota”. O indiano Hindustan Times – a Índia tem um porta-aviões – sublinhava que esse evento “marca um passado a diante nos planos de largo prazo da China construir uma esquadra de porta-aviões capaz de projetar poder na região” e cita uma entrevista por telefone com Ni Lexiong, especialista na política marítima da Universidade de Ciências Políticas de Xangai, quem afirma que “sua importância simbólica (do porta-aviões) supera sua importância prática”.
Apesar das desconfianças na região, as autoridades chineses já deixaram claro em diversas ocasiões que é “natural” que um país como a China tenha um porta-aviões, afinal tem uma costa grande e extensa faixa d’água territorial.
Peng Guangqian, estrategista militar consultado pelo Global Times, opina que o ensaio é importante para o desenvolvimento militar da China, mas que não deveria considera-lo tão importante.
“É algo grande para o Exército Chinês, mas os porta-aviões não são nada de novo no mundo e que neste caso, construindo com o propósito de treinamento, não terá impacto destacado no cenário internacional”.
Já Ruslan Pukhov, especialista russo em assuntos internacionais e presidente do Centro de Estratégia e Análises de Tecnologias de Moscou, disse à agência de notícia chinesa Xinhua que somente um porta-aviões não altera o equilibro de poder na região.
“É um assunto de orgulho e segurança nacional”, disse Phukov, que agregou que o porta-aviões mostra que a Armada Chinesa está em estado de desenvolvimento.
“A China busca desde muito tempo um porta-aviões porque era o único membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas que não tinha navios desse tipo”, disse Pukhov.
Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia, Espanha, Itália, Índia, Brasil e Tailândia opera um total de 21 porta-aviões em todo mundo.
Pukhov também lembrou que é difícil converter um porta-aviões em um navio de combate factível. “O Varyag não pode ser usado para operações de combate porque é obsoleto. As Forças Armadas Chineses dizem que vão usá-lo com uma embarcação de treinamento”, disse Pukhov.
“Os porta-aviões prontos para guerra poderiam aparecer na China nos próximos 15 ou 20 anos se Pequim não abandonar o programa”, finalizou Pukhov.
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