Um avião Embraer caiu esta quarta-feira no Huambo e terá vitimado três generais das Forças Armadas Angolanas. Bombeiros e Forças Armadas continuam no local, mas não revelaram de forma oficial o número de mortos e feridos.

A Polícia Nacional refere, no entanto, que poderão ter morrido 30 pessoas e seis outras sofreram ferimentos graves no acidente que acorreu mal a aeronave da Força Aérea Nacional levantou voo do Aeroporto Albano Machado, no Huambo.

O avião tinha 36 pessoas a bordo, pertencentes a duas comissões militares de alta patente, que seguiam em direcção a Luanda, e caiu cerca das 11.50 horas, ficando os destroços muito perto da cidade do Huambo. Espera-se agora que uma missão do Instituto Nacional de Aviação Civil de Angola (INAVIC) chegue ao local do acidente para investigar as causas.

Fonte: Abola

Update: 17 mortos no Huambo

Uma aeronave da Força Aérea Nacional “FAN” despenhou-se na manhã desta Quarta-feira no aeroporto Albano Machado, na cidade do Huambo, tendo causado dezassete mortos.

A aeronave do tipo Embraer com a matrícula T-500, ao serviço da Força Aérea Nacional, despenhou-se com 24 passageiros a bordo ao tentar levantar voo com destino à cidade capital, Luanda. No percurso estava prevista uma escala no aeroporto da Catumbela.

O incidente ocorreu por volta das 11 horas no Aeroporto Albano Machado.

O despenhamento da aeronave fez vários mortos entre oficiais generais, superiores e um sargento, além de civis que seguiam a bordo.

O comando da Região Militar Centro ainda não adiantou dados concretos sobre as causas da ocorrência, mas fontes aeronáuticas no Huambo admitiram que as razões do sinistro podem estar relacionadas com aspectos técnicos.

Uma testemunha ocular afirmou à reportagem de O PAÍS que o avião tentou descolar, mas começou a deitar chamas de um dos motores, o que fez com que a tripulação tentasse uma aterragem forçada.

Os dados iniciais sobre o despenhamento da aeronave das FAA apontavam para 30 mortos. Pelo que pudemos apurar, três são oficiais generais, três coronéis, dois tenentes-coronéis, e um capitão de mar-e-guerra.

Entre os sobreviventes da queda da aeronave, que estão a receber cuidados intensivos no Hospital Militar do Huambo, estão os senhores Miguel Matias, tenente da Força Aérea, Ibraim Albano, Francisco Gomes de Almeida, José Lino Gonçalves, Celma André Ventura e João Samanico Afonso. O avião cumpria duas comissões de serviço, Luanda-Huambo-CatumbelaLuanda e, segundo outra testemunha no aeroporto Albano Machado, o avião não levantou voo suficiente e virou logo para o lado esquerdo, quando de repente começou a pegar fogo. O corpo de Bombeiros, Policia de Investigação Criminal, médicos do Hospital Militar e oficiais da Força Aérea encontravamse no local a remover os restos mortais das vítimas dos destroços da aeronave.

Pitágoras Neto, editor da revista Karga foi outra das vítimas.

Viagens canceladas

Devido ao despenhamento do avião das Forças Armadas Angolanas, “FAA”, na manhã de quarta-feira, 14, o voo da TAAG regressou vazio a Luanda, pois os passageiros recearam viajar nesse dia, mesmo depois de terem feito o check-in.

Artur Santos deveria seguir para a cidade de Luanda, mas desistiu da viagem por não se sentir motivado. “Depois de ver este acidente, não tenho moral para viajar hoje de avião. Vou esperar pelo dia de amanhã para viajar de carro”, disse.

Com a confusão gerada no aeroporto Albano Machado, entre familiares de passageiros, médicos, socorristas e bombeiros, era difícil distinguir passageiros potenciais, já que a primeira informação dava conta do despenhamento de um avião da TAAG. Daí a correria geral para o aeroporto.

O senhor Nicolau Afonso, que saiu da sala de embarque visivelmente abatido e pensativo, disse que “só vi fogo e fumo. No princípio pensei que estivessem a fazer queima de capim, mas depois ouvi o barulho. Filho, assim não dá para viajar hoje, vou para casa. A viagem fica para outro dia”.

Fonte: O Pais