“Precisamos pensar sobre a necessidade para o futuro de uma plataforma de baixo custo que seja capaz de fazer o nosso trabalho, se necessário, em um ambiente permissivo”, argumenta o Brig. Gen. Silvano Frigerio, vice-chefe do ar e do espaço e planejamento da Força Aérea Italiana e chefe da direção de alvos para as operações da OTAN na Líbia.
“Se não temos uma frota composta por aeronaves de alta tecnologia e aeronaves de tecnologia menor, como podemos gerenciar milhares e milhares de horas de vôo em uma área de operação conjunta procurando um veículo blindado com uma aeronave sofisticada, no futuro? Talvez não possamos nos dar ao luxo de ficar lá por tanto tempo”, diz ele. Durante as operações na Líbia, os aliados estavam preocupados com o custo da duração do conflito, ele conta na Conferência Internacional Anual de Caças do International Quality Productivity Center.
A Itália viu a diferença em primeira mão quando se comparou o custo operacional de um AMX de ataque ao solo, totalmente carregado, com outros aviões de ataque.
O conflito também reforçou a necessidade de armas e danos colaterais menores.
Frigerio apontou outras insuficiências mais amplas que a Aliança da OTAN precisa lidar. Uma delas é a necessidade de reforçar a sua inteligência, vigilância e capacidade de coleta de reconhecimento, pois a OTAN dependia cerca de 80% dos recursos dos EUA durante a campanha.
Falando em projetos como o programa de Alliance Ground Surveillance – um esforço para adquirir Global Hawks para a NATO -, “precisamos continuar neste caminho”, diz ele,
Nem todas as lacunas são relacionadas a equipamentos. Por exemplo, a Aliança precisa estabelecer um centro de excelência para a definição de alvos, a fim de aumentar o número de especialistas disponíveis para apoiar uma operação e garantir que eles sejam treinados para um padrão comum. Uma metodologia comum da NATO para estimativa de danos colaterais também é necessária, acrescenta.
Fonte: Aviation Week/Poder Aéreo - Via NOTIMP
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