Segundo incêndio em seis anos — desta vez com um marinheiro morto e três feridos –, provavelmente causados, ambos , por curto-circuito, pouquíssimos exercícios desde que foi comprado à França e incorporado à Marinha de Guerra do Brasil, em 2000 e, segundo especialistas em temas militares, equipamentos eletrônicos ainda incompletos, aviões defasados e ainda não atualizados tecnologicamente, além de falta de guarnição protetora adequada.
Alguma coisa anda errada com o porta-aviões São Paulo, ex-Foch quando servindo à França, nau capitânea da esquadra brasileira.
Os comunicados lacônicos da Marinha sobre o incêndio em nada ajudam a esclarecer coisa alguma.
Em maio do ano passado, uma enorme cortina de fumaça negra se ergueu próximo à Praza Quinze, no Centro do Rio de Janeiro, na área do I Distrito Naval, espraiando-se pela Baia de Guanabara e causando susto e apreensão em milhares de pessoas. A fumaça provinha de um “teste de máquina” do São Paulo, que passava por reparos. Na ocasião, em nota oficial, a Marinha informou que continuavam “as experiências de máquinas do navio-aeródromo São Paulo, iniciadas no ano passado [2010].
E prosseguia afirmando que estavam sendo realizadas “inspeções operacionais, que visam aprimorar o treinamento das equipes do navio, para que ele possa voltar a operar na sua plenitude com helicópteros e aviões, voltando assim ao ciclo de atividades operativas e atendendo às necessidades da Marinha do Brasil”.
O objetivo da experiência de máquinas seria “verificar as obras efetuadas e realizar ajustes finais nos sistemas de bordo, como, por exemplo, no sistema de propulsão”. Segundo a nota, o longo tempo em que o navio esteve imobilizado contribui para a presença da fumaça.
Comunicado lacônico e hermético, como se vê.
Espera-se que as investigações já anunciadas sobre o incêndio permitam que, de forma transparente, a Marinha informe o real estado do maior porta-aviões em atividade no Hemisfério Sul.
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