
As tratativas podem incluir ainda fabricação de bimotores de quatro e
seis lugares, destinados ao mercado de aviação executiva. Neste caso, o
foco é a demanda interna e externa. “Com a combinação do motoplanador e
do Guri, eles ganham mais autonomia para a formação de pilotos para
mercado em geral. Muitos brasileiros atuam lá”, explica Viana. O dono da
Aeromot lembra que há carência de profissionais para operar na região,
tanto para o mercado interno chinês quanto para exportação. Para firmar o
negócio, a indústria da Capital se tornou sócia do grupo na empresa a
Guizhou Gaic-Aeromot, criada para formalizar a parceria de fornecimento
de peças e repasse de tecnologia brasileira. O diretor-técnico da
Guizhou Gaic-Aeromot será indicado pelo fabricante gaúcho. Viana lembra
que o acordo segue formato das negociações dos investidores chineses.
O
contrato é uma das apostas da fabricante gaúcha, que está em processo
de recuperação judicial. A Aeromot tem 25% do capital e receberá 10% em
royalties, já que é dona da tecnologia. Viana tenta emplacar os seus
produtos em encomendas do governo estadual e federal, destinadas às
ações de segurança da Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016. “Se
conseguirmos uma escala de produção, poderemos retomar nosso fôlego”,
condiciona o diretor-presidente. Oscilações do dólar e crise
internacional, que congelaram pedidos e corroeram faturamento, estão na
raiz das dificuldades.
O plano aprovado pela Justiça tem cronograma a
ser seguido para saldar débitos com credores.

O
acordo com chineses teve início há três anos com uma joint venture. As
duas unidades anteriores foram enviadas nos últimos três anos. A
construção do terceiro exemplar trouxe a Porto Alegre 26 engenheiros e
técnicos da Guizhou Aviation Industry, que permaneceram seis meses na
Capital aprendendo a montar e confeccionar os modelos. Até outubro, mais
dois carregamentos serão despachados com moldes e ferramentas restantes
para a construção de unidades. Pelo acordo, a Aeromot produzirá trens
de pouso e ferragens, e a indústria chinesa, peças de vidro e carbono.
“A produção em série inicia-se no começo do ano que vem.”
A maior
frota de Ximango está nos Estados Unidos, que soma 65 unidades entre
donos privados, aeroclubes, polícia militar e academia da Força Aérea.
Fonte: JC
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