Apesar de toda a parafernália bélica reunida para que as grandes nações da Terra se defendam umas contra as outras aquela que é a maior ameaça à civilização e à vida sobre a Terra não tem ainda nenhuma forma de ser combatida ou – pelo menos – diminuída: trata-se da ameaça meteórica.
Esta ameaça vai-se tornando cada vez mais concreta e atual à medida que prossegue a catalogação dos asteroides do Sistema Solar… Sendo que aquele que se assume como a ameaça mais real e imediata é o asteroide 2011 AG5. O asteroide tem cerca de 140 metros de diâmetro.
http://asteroidapophis.com
Se cair na Terra, cairá a uma velocidade estimada de 69 mil quilometros por hora, num impacto que equivalerá a uma explosão nuclear de 517 megatoneladas, cinco vezes maior do que a mais poderosa arma nuclear jamais desenvolvida pelo Homem. O impacto vai deixar no solo uma cratera com quase quatro quilometros de extensão e mais de mil metros de profundidade. Menos de um segundo depois do embate com o solo ascenderá uma bola de fogo com 2.5 quilómetros, várias vezes mais brilhante que o Sol. A dezenas de quilómetros de distancia, sentir-se-á um tremor de terra da escala de 6.4 de Richter e a luminosidade decorrente vai provocar queimaduras do terceiro grau a quem ficar exposto. Todos os materiais combustíveis expostos ao calor da bola de fogo entrarão em combustão imediata, como em Hiroshima.
Um pouco mais de um minuto depois um vento supersónico de 442 quilometros por hora vai arrasar todas as estruturas em redor do ponto de impacto com uma intensidade sónica de quase cem decibéis, provocando surdez temporária ou permanente em que tiver o azar de se encontrar nas imediações.
Atualmente estima-se que esta calamidade tem uma em 625 hipóteses de acontecer em 2040, algures no globo e materializando um impacto que em média sucede uma vez em cada 40 mil anos.
Urge que a Humanidade encare de vez, com decisão e imaginação aquela que é a sua maior ameaça. Que seja aumentado o financiamento do projeto Spaceguard, que está a mapear as ameaças meteóricas do Sistema Solar e que se construa e coloque em orbita um sistema de reação de emergência que possa ser ativado em caso de deteção de uma ameaça que seja detetada e considerada como credível. Ao contrario do que se apresenta nos filmes de Hollywood detonar uma ou mais bombas nucleares na sua superfície nada fará para o destruir, apenas servirá para o fragmentar e multiplicar os pontos de impacto, mantendo intacto o somatório de energia que se abaterá sobre o planeta. De facto, a única forma eficaz de combater esta ameaça é detetá-la com suficiente antecedência (e por isso é que um projeto de mapeamento do firmamento é tão importante) e criar um sistema de reação e colocá-lo em órbita, seja ele velas solares, um propulsores de iões ou uma pintura refletora que altere a órbita por forma a que esta não coincida com a da Terra.

Fonte: POPSCI - Via Quintus