Pela cronologia ficcional de Jornada, a nave estelar Enterprise do
capitão Kirk foi construída em 2245. Mas a pergunta que todo o trekker
faz é sobre a possibilidade de se construir uma igual ainda no nosso
século, com a tecnologia atual. Ao que parece, tem um engenheiro
que acredita nisso. Veja também alguns paralelos interessantes da
tecnologia dos tempos de hoje com a do século 23.
A BuildTheEnterprise
é um site criado exclusivamente para descrever como construir uma nave
igual a USS Enterprise, com base em tecnologias ao nosso alcance, ao
longo dos próximos vinte anos. Seria apenas um sonho de trekker? Segundo
o dono do site “não”.
“Temos o alcance tecnológico para construir a primeira geração da
nave conhecida como USS Enterprise – então vamos fazê-la”, afirma alguém
que se intitula no twitter como Dan BTE que se diz analista de
sistemas, engenheiro elétrico e que trabalhou para a empresa Fortune 500
nos últimos 30 anos.
Dan BTE propôs e descreveu em detalhes a construção dessa famosa nave
em full-size, na versão íon-powered (motores iônicos) com gravidade de
1G a bordo.
Mas seu projeto não almeja atingir outros sistemas estelares e sim o
nosso próprio, “A Enterprise Gen1 pode chegar a Marte no prazo de 90
dias ao deixar a órbita terrestre. Isso é derivado de várias análises
patrocinadas pela Nasa que mostram que com a massa e com as taxas de
potência do motor ao nosso alcance, uma viagem de 90 dias é possível.”
Ainda de acordo com Dan, “Esta nave seria construída inteiramente no
espaço, teria uma seção gravidade girando dentro do disco, e semelhante
em tamanho”. Mas sua funcionalidade não ficaria limitada a de uma
espaçonave apenas. Ela poderia ser três coisas em uma: uma nave
espacial, uma estação espacial e um espaçoporto,onde mil pessoas
poderiam estar a bordo de uma vez – como membros da tripulação ou como
visitantes.
A nave não vai viajar a uma velocidade da luz ou de dobra. Com um
motor de propulsão iônica alimentado por um reator nuclear de 1.5GW, ele
poderia viajar a uma aceleração constante, para que pudesse facilmente
chegar aos principais pontos de interesse em nosso sistema solar em um
tempo mais curto que se usasse motores de propelente químico. Três
adicionais reatores nucleares (de fissão?) criariam toda a energia
necessária para o funcionamento. A seção disco seria de 536 metros de
diâmetro rotativo, rodando magneticamente suspensa que criaria 1G de
gravidade. Veja esse video no youtube.
Mas quanto seria um custo de uma nave estelar desse tipo? Não mais
de um trilhão de dólares de gastos diluídos em 20 anos, de acordo com
Dan-BTE. Ele ainda propõe não apenas uma nave, mas várias, das quais
poderiam ser construídas a cada 33 anos – uma vez por geração – dando
três naves novas por século, disse o visionário que acha o valor pequeno
perto do que é gasto com impostos, e na indústria de guerra.
É claro que ele não é nenhum expert em engenharia espacial e gestão
administrativa, e até o momento nenhuma empresa se mostrou interessada
na sua ideia, mas Dan não acha que isso seja problema para concretização
de seus planos, “os únicos obstáculos para nós não fazermos isso são as
limitações que colocamos em nosso imaginário coletivo”.
Independentemente de estarem ou não de acordo com sua ideia, parece
que os planos empresariais de Dan vêm recebendo muita atenção na
internet. Desde que foi criado seu blog o tráfego do site saltou de 100
visitantes para mais de 100.000 visitantes.
A Enterprise ainda continua sendo um sonho distante, mas algumas tecnologias atuais se aproximam do século 23 de Jornada.
O Google recentemente lançou o “Knowledge Graph”, uma nova ferramenta
implementada no motor de busca da Google que promete fornecer
resultados de pesquisa altamente relevantes e em profundidade. Como o
Google vai conseguir isso? Ao transformar seu motor de busca em um
mecanismo de conhecimento. O Knowledge Graph sabe que as palavras têm
significado para além de consultas de simples pesquisa, que realmente se
aplicam ao mundo real, que fazem parte de uma teia de conhecimento.
Muitas empresas vêm tentando desenvolver dispositivos inspirados em
Jornada. O tradutor universal é um exemplo real. Os militares tem um
óbvio interesse nesta tecnologia, que permitiria que os soldados se
comunicassem com os habitantes locais em qualquer lugar do mundo sem a
necessidade de tradutores. Bem, esta tecnologia pode ser uma realidade
em breve, segundo a FoxNews.com “TransTalk” é um dispositivo de tradução
portátil bidirecional que promete traduzir automaticamente conversas
entre os idiomas inglês e vários, incluindo árabe, pashto, e persa.
Um novo estudo propôs um projeto conceitual para um sistema de
propulsão de antimatéria que poderia ser criado com a tecnologia de hoje
e iria gerar velocidades de mais de 2/3 da velocidade da luz. Reações
matéria/antimatéria são uma ótima maneira de servirem para combustível
de um foguete, uma vez que a produção de energia é 10 milhões de vezes
mais do que um motor químico convencional. Infelizmente, a antimatéria é
extremamente difícil de segurar, e os cientistas só podem estudar o
material, criado em aceleradores de partículas como o CERN.
O GPS funciona muito bem para nos levar de um lugar para outro aqui
em terra firme, mas como nós esperamos ser capazes de navegar através do
espaço interestelar? Em Jornada existem as cartas estelares. Bem, os
cientistas agora acreditam que os pulsares, estrelas densas e brilhntees
que existem em todo o universo, podem ser a chave para nos ajudar a
navegar pelo cosmos. Os pulsares giram muito rapidamente. E enviam
raios-x para o espaço a taxas tão estáveis quanto os rivais relógios
atômicos. O prof Werner Becker, do Instituto Max-Planck de Física
Extraterrestre, explicou à BBC que, se uma nave espacial tivesse meios
para detectar os pulsos poderia comparar seus tempos de chegada com
aqueles previstos em um local de referência. Isso permitiria determinar a
sua posição com uma precisão de apenas cinco quilômetros em qualquer
lugar da galáxia.
Pesquisadores na China teletransportaram com sucesso um fóton por uma
distância de 60 milhas, 6 vezes mais longe do seu recorde anterior
estabelecido em 2010. Agora, o teletransporte quântico não é realmente a
mesma coisa que o transporte de Jornada, mas é um avanço para novos
tipos de intercâmbio de informação e comunicação. O emaranhamento
quântico, que Einstein chamou de ”ação fantasmagórica à distância”, é o
processo de “enredar” dois objetos (neste caso, os fótons, ou partículas
de luz). Quando duas partículas tornam-se emaranhadas, eles agem
exatamente iguais, memso estando muito longe uma da outra. É como tirar
um fóton na posição A, duplicando-o e levando-o na posição B. Peritos
dizem que esta tecnologia irá levar ao satélite dados baseados em
criptografia quântica, um método ultra-seguro para transmitir
informações ao redor do globo. Enviar uma mensagem criptografada para o
subespaço, uma prioridade.
Se você souber de mais alguma invenção que tenha relação com Jornada dê a sua colaboração.
Fonte: Trek Movie - Trek Brasilis
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