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A ligação entre a crise financeira e a corrupção é apontada num relatório da organização Transparência Internacional. Grécia, Itália, Portugal e Espanha são os que menos se esforçam para combater a situação.

«Dinheiro, Política e Poder: Riscos de Corrupção na Europa» é o relatório, apresentado esta quarta-feira, em Bruxelas, que destaca que as estreitas ligações entre as empresas e os governos favorecem o abuso de poder, o desvio de fundos e a fraude, pondo a estabilidade económica em causa.

No documento, a organização diz ter detetado "uma forte correlação entre a corrupção e os défices fiscais".

O relatório detetou «uma forte correlação entre a corrupção e os défices fiscais», numa análise às práticas anticorrupção de 25 países - os 27 Estados-membros da UE menos Áustria, Chipre, Luxemburgo e Malta, que inclui também a Noruega e a Suíça.

O mesmo estudo concluiu que Grécia, Itália, Portugal e Espanha lideram a lista de países «com sérios défices nos seus sistemas de integridade».

Segundo inquéritos realizados na Europa, citados pelo relatório, 74 por cento dos europeus considera que a corrupção é um grande problema nos seus países e muitos governos não são suficientemente responsabilizados pelas suas finanças públicas e por contratos que representam valores anuais de 1,8 biliões de euros na UE.

Só dois países protegem adequadamente os denunciantes de eventuais retaliações, enquanto 17 países não têm código de conduta para os deputados.

O acesso à informação está na lei, na maioria dos países estudados, mas enfrenta obstáculos em 20 países: taxas excessivas (Irlanda), longos atrasos (República Checa, Portugal, Eslovénia, Suécia) ou falta de conhecimentos sobre a legislação relativa ao acesso à informação (Alemanha, Portugal e Suíça).

Segundo o relatório, a Dinamarca, a Noruega e a Suécia são os países mais protegidos contra a corrupção. No caso de alguns países da Europa de Leste - República Checa, Hungria e Eslováquia, houve uma grande redução da corrupção desde que aderiram à UE. 

Fonte: A Bola