O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, cobrou ontem a
concretização da compra de aviões da Embraer pela Conviasa, a estatal
de transporte aéreo do país. Na visita da presidente Dilma em dezembro
passado, o principal acordo fechado entre os dois governos previa a
venda de até 20 aeronaves de uso comercial do tipo 190-AR.
O tema foi considerado por Maduro como um dos principais de sua
reunião com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, na tarde deste
sábado no Copacabana Palace. O negócio deve ter financiamento do BNDES,
que afirmou porém que "não consta projeto aprovado" - e que, por isso,
não se pronunciaria.
- Outro tema que insistimos à equipe do Brasil (...) é a necessidade
de avançar a aliança, o contrato com a Embraer para a compra (...) de um
conjunto de aeronaves para rotas nacionais e rotas regionais - afirmou
Maduro, sugerindo também a possibilidade de "aliança com empresas de
aviação brasileiras".
A Embraer informou, via assessoria de imprensa, que "há conversas com
o objetivo de modernização da frota de aeronaves comerciais da
Venezuela".
Outra questão considerada central por Maduro foi o impulsionamento da
criação de companhias de capital misto e a instalação de empresas
brasileiras na Venezuela, em setores como siderurgia, infraestrutura,
habitação, indústria agroalimentar e energia.
O comércio bilateral entre Brasil e Venezuela atingiu um recorde de
US$ 6 bilhões no ano passado, segundo o chanceler Antonio Patriota, que
anunciou a criação de um grupo de trabalho para impulsionar as relações
entre os dois países, e o apoio para trazer uma missão de empresários
venezuelanos ao país.
- Este ano (o comércio) vai crescer até mais. A economia venezuelana
tem perspectivas muito boas de crescimento neste ano, em torno de 5%.
Decidimos estabelecer um grupo de reflexão e planejamento estratégico
para as próximas etapas da nossa cooperação no plano econômico - disse
Patriota.
Fonte: Yahoo
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