No Rio de Janeiro, aviões de treinamento básico de pilotos comprados há
tempos pela Anac estão apodrecendo, sem uso em aeroportos e aeroclubes
do Rio e de Minas Gerais. A denúncia é do G1, o portal de notícias da
Globo.
Quatro aviões custaram R$ 200 mil cada um. Eles pertencem à Agência
Nacional de Aviação Civil e estão parados no pátio do aeroporto de
Jacarepaguá, desde setembro de 2010 sem limpeza e sem manutenção. O de
prefixo PR-WAV voou só 11 horas: o tempo que levou pro avião ir de Porto
Alegre, onde foi montado, e o fabricante Cláudio Viana diz que vai ser
preciso gastar mais dinheiro se alguém quiser pôr esses aviões no ar.
“Se eles estiverem apenas com problemas por estarem no relento,
provavelmente, num chute grosseiro, uns R$ 50 mil cada um”.
As aeronaves eram do antigo Departamento de Aviação Civil e foram
repassadas para o patrimônio da Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC). Elas deveriam ser usadas em aeroclubes, no treinamento de
pilotos e mecânicos iniciantes. Um trabalho que era feito pelo antigo
DAC, mas que foi extinto junto com o departamento em 2006.
Outros cinco aviões de instrução estão abandonados no aeroclube de Juiz
de Fora, em Minas Gerais, pelo menos há sete anos. Eles custaram R$ 150
mil cada um e foram comprados na Argentina, na década de 90. Hoje, só
ocupam espaço.
A direção da Agência Nacional de Aviação Civil, dona dos aviões, não
quis gravar entrevista. Preferiu mandar uma nota, onde diz que os aviões
que estão Rio, serão levados para o pátio do centro de treinamento da
ANAC, que fica ao lado do aeroporto de Jacarepaguá. Sobre os aviões de
Juiz de Fora, a ANAC diz que o aeroclube foi notificado no sentido que
dê a devida manutenção e destinação as aeronaves sob pena de aplicação
das penalidades previstas em contrato.
“O aeroclube de Juiz de Fora hoje não tem oficina e nós não temos mais
condições de recuperar essas aeronaves. Esperamos que não haja
retaliação e que essas aeronaves sejam retiradas do local o mais rápido o
possível”, avisa o presidente do Aeroclube de Juiz de Fora-MG, Douglas
Fedócio.
Enquanto isso, o investimento de R$ 1,5 milhão feito nas aeronaves vai se perdendo. Em meio à burocracia que não decola.
Fontes: G1 / Flávio Fachel (Jornal da Globo) - Imagem: Reprodução da TV - Via Noticias Sobre Aviação
0 Comentários