A descoberta remonta a Janeiro de
2010 (tinha então o jovem australiano 11 anos), em Dundee Beach, a cerca
de duas horas de Darwin, numa altura em que se registaram marés
excepcionalmente baixas.
Christopher Doukas conseguiu andar bastante
além da costa, quando encontrou o canhão e, com a ajuda do pai, o levou
para casa. Ao descobrirem que era feiro de bronze, perceberam que seria
algo antigo.
A mãe, Barbara, informou o Museu de Darwin sobre a
descoberta, mas só nas últimas semanas é que o artefacto foi pedido à
família australiana para ser examinado, não tendo ainda sido confirmada a
sua origem. A Imprensa local admite que poderá pertencer aos
portugueses do século XVI.
Portugal ocupou Timor, no sudeste
asiático, em 1515, mas a possibilidade de os exploradores lusos terem
viajado no início do século XVI mais cerca de 700 quilómetros, até à
costa norte da Austrália, ainda está por provar.
Especialistas
deverão analisar a autenticidade da arma e a relação entre o local onde
foi descoberta, bem como a eventual chegada dos portugueses à costa
norte da Austrália no século XVI, de acordo com a agência noticiosa
australiana AAP.
Outra
possibilidade é que o objecto tenha sido levado pela maré até esse
lugar ou que tenha sido deixado por comerciantes do século XVI, refere o
mesmo despacho daquela agência.
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