O presidente do Senado, José Sarney, recebeu nesta terça-feira (17)
do ministro da Defesa, Celso Amorim, as versões preliminares de três
documentos a ser debatidos no Congresso: o Livro Branco de Defesa
Nacional (LBDN) e as atualizações da Política Nacional de Defesa (PND) e
da Estratégia Nacional de Defesa (END).
O Livro Branco traz os principais projetos das Forças Armadas e um
resumo dos objetivos da pasta. Por meio do documento, é garantida
transparência à informação sobre o setor de defesa do país, com o
acompanhamento do orçamento e do planejamento plurianual relativos ao
setor.
A PDN estabelece diretrizes para o preparo e o emprego dos recursos
nacionais, em caso de ameaças externas, com o envolvimento dos setores
militar e civil. Já a END estabelece formas de alcançar os objetivos
preconizados na Política de Defesa.
– Os dois primeiros são documentos que, depois do debate, serão
normativos, provavelmente aprovados por decreto, mas a presidente [Dilma
Rousseff] quis que houvesse um debate antes no Congresso. Já o Livro
Branco é um livro para transparência, não será objeto de decreto ou
qualquer outro ato legal, a princípio, embora dali possam surgir outras
ideias – explicou Celso Amorim.
A entrega dos documentos segue o previsto na Lei Complementar 136/2010,
que trata das normas gerais para a organização, o preparo e o emprego
das Forças Armadas. O texto diz que cabe ao Poder Executivo encaminhar o
LBDN, a PND e a END para apreciação no Congresso Nacional, na primeira
metade da sessão legislativa ordinária e de quatro em quatro anos, a
partir de 2012. É, portanto, a primeira vez que as propostas são
encaminhadas ao Parlamento.
Orçamento
Em relação a escassez de recursos orçamentários, Celso Amorim afirmou
que não se trata de dificuldade exclusiva do seu ministério, já que as
demandas são grandes.
– Mas acho que dentro desse contexto de dificuldades temos recebido
recursos que têm permitido que as Forças Armadas cumpram sua função –
disse.
O ministro lembrou ainda que, embora as dificuldades sejam grandes em
relação a equipamentos e outros aspectos, a presidente Dilma previu no
Programa de Aceleração do Crescimento – Equipamentos a aquisição de
veículos de transporte, blindados Guarani e lançadores de mísseis Astro.
Segundo Amorim, há uma consciência crescente de que a Defesa também é importante para a própria economia nacional.
– Em momentos de dificuldade, com demanda fraca, a indústria de
Defesa, justamente porque se baseia na demanda do Estado, amortece a
crise e incentiva a pesquisa e o desenvolvimento. As grandes inovações
no mundo, da internet à aviação, foram feitas em áreas em que a
necessidade de defesa, de militares e civis, andaram juntas – avaliou.
Fonte: Agência Senado
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