A Força Aérea britânica (RAF) poderá usar "força letal" se as Olimpíadas
de Londres forem ameaçadas, segundo afirmou nesta sexta-feira, 13, o
responsável pela segurança dos Jogos. Na prática, a medida significa que
aviões que entrarem na zona restrita do espaço aéreo sobre Londres
poderão ser abatidos.
Contudo, essa opção está sendo tratada como o último recurso "no pior
dos cenários", segundo o vice-marechal do ar Stuart Atha. Ele também
afirmou que a decisão de atirar ficará a cargo do "mais alto nível de
governo".
A zona de restrição aérea abrangerá cerca de 48 quilômetros sobre
Londres e regiões do sudeste da Grã-Bretanha. O espaço aéreo será
patrulhado por caças Typhoon e helicópteros Sea King. Além disso,
baterias antiaéreas instaladas em terra também devem entrar em operação
em quatro pontos estratégicos da cidade.
Segundo a RAF, os vôos comerciais não serão afetados, já que
corredores especiais serão criados dentro da área de restrição. Contudo,
aviões particulares de pequeno porte terão que se submeter a rígidos
protocolos de segurança para usar aeroportos da região durante as
Olimpíadas.
A medida entrará em vigor a partir dos primeiros minutos da madrugada
deste sábado e ficará em vigor por um mês. "Estamos preparados para
enfrentar um ambiente de ameaça terrorista grave. Mas isso não quer
dizer que sabemos de uma ameaça séria para os jogos", afirmou um
porta-voz do governo britânico.
Regras
Segundo as regras de engajamento divulgadas pela RAF, um eventual avião suspeito será contactado por meio de rádio ao entrar na área restrita. Ele será seguido por uma aeronave militar.
Segundo as regras de engajamento divulgadas pela RAF, um eventual avião suspeito será contactado por meio de rádio ao entrar na área restrita. Ele será seguido por uma aeronave militar.
O suspeito então receberá instruções para deixar a área restrita e
será orientado a balançar as asas para demonstrar que entendeu a ordem.
Se isso não surtir efeito, a aeronave militar usará sinais de laser e
disparará seus flares (sistema de defesa contra mísseis que libera peças
de metal incandescente no ar) como advertências.
Caso a aeronave suspeita ainda assim não colabore, será considerada uma ameaça. A partir daí poderá ser abatida.
Para reforçar a segurança, o navio de guerra Ocean - tripulado por
unidades de fuzileiros navais - será deslocado para o rio Tâmisa.
Helicópteros com atiradores de elite também começarão a fazer sobrevoos
pela cidade.
Fonte; Estadão
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