A Síria parece estar retirando em sigilo parte de suas armas
químicas dos locais de armazenamento, afirmaram autoridades israelenses e
do Ocidente, mas não está claro se a operação é apenas uma precaução de
segurança em meio ao caos da guerra ou outra coisa. Alguns analistas
acreditam que a ação serve a um propósito duplo: manter as armas longe
dos insurgentes e evitar que os inimigos ocidentais da Síria tenham
qualquer desculpa para uma intervenção, alegando extravio de material
perigoso.
O governo sírio nega a operação, divulgada inicialmente pelo Wall Street Journal,
e não há certeza sobre os materiais envolvidos. O estoque não declarado
da Síria supostamente inclui agente sarin, gás mostarda e cianureto. As
notícias, no entanto, contribuem para a impressão de diminuição do
controle do governo em partes da Síria e devem aumentar a preocupação
internacional com a segurança sobre o que se acredita ser o maior
estoque de armas químicas do Oriente Médio.
Uma autoridade israelense afirmou que os movimentos refletem uma
tentativa do presidente Bashar al-Assad de tomar "medidas para garantir
que as armas não caiam em mãos irresponsáveis". "Isso contribuiria ao
pensamento de que esse assunto foi administrado com responsabilidade até
agora." Em Washington, uma autoridade da segurança nacional confirmou
que o governo norte-americano recebeu informações sobre a movimentação
de armas químicas, mas não tinha certeza sobre os motivos.
Controle rígido
Uma segunda autoridade norte-americana afirmou que a movimentação relatada era "relativamente nova", mas não necessariamente muito assustadora. O porta-voz do Pentágono George Little disse que o Pentágono acredita que o regime de Assad mantém o controle sobre as armas químicas, mas os EUA e seus parceiros estão observando o assunto com atenção. "É óbvio que podemos adverti-los (os sírios) fortemente contra qualquer intenção de usar esses estoques. Isso ultrapassaria um limite sério", afirmou ele.
Uma segunda autoridade norte-americana afirmou que a movimentação relatada era "relativamente nova", mas não necessariamente muito assustadora. O porta-voz do Pentágono George Little disse que o Pentágono acredita que o regime de Assad mantém o controle sobre as armas químicas, mas os EUA e seus parceiros estão observando o assunto com atenção. "É óbvio que podemos adverti-los (os sírios) fortemente contra qualquer intenção de usar esses estoques. Isso ultrapassaria um limite sério", afirmou ele.
Os países do Ocidente acreditam que o governo sírio tenha o maior
estoque do mundo de armas químicas não declaradas --incluindo o gás
mostarda e o agente neurotóxico VX. O arsenal poderia dar a Assad os
meios de mostrar força internamente e na região, além de contrabalançar
as armas nucleares não declaradas por Israel.
Fonte: Terra
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