Rebeldes sírios atacaram forças sírias em dois locais da fronteira
porosa com o Iraque, matando 21 soldados e tomando controle de um dos
quatro grandes postos fronteiriços, disse um graduado oficial iraquiano.
As ofensivas contra o governo sírio aconteceram durante todo o dia,
colocando o Exército iraquiano em alerta para evitar que a violência se
espalhe para o Iraque. "Temos preocupações de segurança porque o posto
fronteiriço está agora fora do controle do governo sírio, e ninguém pode
antecipar o que acontecerá", disse o general iraquiano Qassim
al-Dulaimi.
Al-Duliami disse que ao menos seis rebeldes
invadiram o posto de fronteira de Boukamal, no sul do país, perto da
cidade iraquiana de Qaim, na Província de Anbar. Segundo ele, os
rebeldes forçaram a saída dos guardas de fronteira, mas não cruzaram
para dentro do Iraque.
As ofensivas contra o governo sírio aconteceram durante todo o dia,
colocando o Exército iraquiano em alerta para evitar que a violência se
espalhe para o Iraque. "Temos preocupações de segurança porque o posto
fronteiriço está agora fora do controle do governo sírio, e ninguém pode
antecipar o que acontecerá", disse o general iraquiano Qassim
al-Dulaimi.
Al-Duliami disse que ao menos seis rebeldes
invadiram o posto de fronteira de Boukamal, no sul do país, perto da
cidade iraquiana de Qaim, na Província de Anbar. Segundo ele, os
rebeldes forçaram a saída dos guardas de fronteira, mas não cruzaram
para dentro do Iraque.
"Os combates começaram ao meio-dia. À noite, vimos a
bandeira síria ser substituída pela do Exército Livre da Síria (ESL,
composto principalmente por desertores)", disse à AFP um coronel da
polícia iraquiana fronteiriça, sob condição de anonimato.
Paradeiro incerto: Assad participa de posse de novo ministro, diz TV estatal síria
Qaim está localizada a cerca de 320 km a oeste de Bagdá. Mohammed
Fathi, porta-voz do governo da Província de Anbar, disse que o posto já
havia sido fechado para o trânsito por causa da guerra civil.
Horas mais tarde, na remota cadeia de montanhas de Sinjar,
al-Dulaimi disse que os rebeldes atacaram um posto avançado do Exército
sírio perto da fronteira iraquiana, matando 20 soldados e seu
comandante. Os rebeldes então tomaram controle do local,
disse al-Duliami.
Entretanto, autoridades iraquianas locais disseram que outros dois
grandes postos de fronteira continuam sob o controle do regime sírio.
Fathi disse que o maior porto em al-Walid, que também é localizado na
fronteira da Jordânia e corresponde a 90% do tráfico entre Iraque e
Síria, continua nas mãos do regime. De acordo com um oficial na
Província de Ninevah, no norte do Iraque, o posto perto de Rabiya também
continua com a Síria. A fronteira entre os dois países tem 605 km de
extensão.
Galeria de fotos: Veja imagens deste ano do levante na Síria
Além das ações na fronteira com o Iraque, os rebeldes
invadiram uma passagem fronteiriça com a Turquia. De acordo com os
ativistas da oposição, o posto sírio de Bab al-Hawa (noroeste da
Província de Idleb), com a cidade turca de Jarablus, está em mãos
rebeldes após forças do governo terem abandonado o local.
Um vídeo postado no YouTube mostra os insurgentes queimando
uma grande imagem de Assad enquanto atiram para o alto na fronteira. Em
outro vídeo, homens queimam uma grande imagem de Hafez al-Assad, pai e
antecessor do atual presidente. A Província de Idleb é um reduto das
forças rebeldes há 16 meses, início do levante contra Assad.
As ofensivas nos postos de fronteira aconteceram enquanto
milhares de iraquianos instaladados na Síria atravessam a divisa para
voltar a seu país natal após terem sido alvo de agressão por tropas
leais ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Além disso, até 20 mil sírios refugiaram-se no Líbano desde
quarta-feira ao fugir da violência do país, principalmente em Damasco,
que nesta quinta-feira é palco do quinto dia consecutivo de confrontos entre forças leais ao regime e os rebeldes.
"Milhares de sírios chegaram da Síria pelo posto fronteiriço de
Masnaa, leste do Líbano, entre eles moradores de Damasco e da
província", disse uma fonte que pediu para não ser identificada.
Votação na ONU
Em meio à escalada de confronto na Síria, Rússia e China vetaram
nesta quinta-feira a resolução do Conselho de Segurança da ONU apoiada
pelo Ocidente que ameaçava impor sanções contra Assad se as forças do
regime não parassem de usar armas pesadas no conflito. A votação
terminou com 11 votos a favor, dois contra e duas abstenções da África
do Sul e do Paquistão.
Cúpula de poder: Ataque mata ministro da Defesa e cunhado de Assad na Síria
Essa é a terceira vez em nove meses que Rússia e China, dois importantes aliados de Assad, empregaram seu direito de vetocomo
membros permanentes do órgão máximo da ONU para bloquear resoluções
contra Damasco. A votação deixa incerta a missão de 300 observadores da
ONU na Síria, cujo mandato expira na sexta-feira.
Fonte: IG
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