Embaixada italiana ligou para o ministério das Comunicações na semana
passada, após o anúncio da suspensão das vendas da TIM, que é
controlada pela Telecom Itália.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta
segunda-feira, 23, que a Embaixada da Itália em Brasília ligou para o
ministério na semana passada, durante sua viagem aos Estados Unidos.
Segundo Bernardo, o secretário-executivo César Alvarez foi orientado a
responder que o processo contra a operadora TIM, que é controlada pela
Telecom Itália, “não tem nada a ver com a diplomacia”.
Por determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a
operadora está proibida, a partir desta segunda-feira, de vender novas
linhas em 18 Estados e no Distrito Federal. A empresa só poderá voltar a
vender chips quando a Anatel aprovar um plano de investimentos da
companhia para os próximos dois anos. Oi e Claro também sofreram
sanções. A primeira está proibida de vender novos chips em cinco
Estados, e a segunda, em três, incluindo São Paulo. As empresas que não
cumprirem a determinação pagarão multa de R$ 200 mil por dia.
“Isso é um problema do consumidor brasileiro com as empresas. O fato
de a TIM estar aqui no Brasil há 15 anos não significa que iremos
tratá-la melhor ou pior, até porque para todos os efeitos ela é uma
empresa nacional”, acrescentou. Bernardo confirmou que o presidente da
Telecom Itália, Franco Barnabé, planeja visitar o País nos próximos
dias.
O ministro ainda revelou que possui um aparelho celular da TIM, que
ficou sem 3G durante todo o dia na última sexta-feira. “E hoje fiz duas
ligações para Curitiba que caíram no meio da conversa”, completou. “Não
temos nada contra a TIM, mas achamos que qualidade do serviço não está
boa no momento”, disse.
Segundo o ministro, o fato de a TIM ter entrado na Justiça contra a
suspensão de venda de novas linhas em 19 unidades da Federação não irá
mudar o tratamento que a companhia recebe do governo e da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel).
“Entrar na Justiça é um direito de todas as empresas. A TIM optou por
esse caminho e isso não vai impedir um diálogo, mas também não quer
dizer que vamos compactuar com a situação. Tanto que convencemos o juiz
que negou a liminar à empresa”, afirmou Bernardo.
Fonte: Site do Correa Neto
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