A aeronave não tripulada atravessando o Vale do Paraíba parece um avião
de brinquedo. Na verdade, é a mais nova forma de monitorar o tráfico de
drogas e de armas e o resultado do trabalho de empresas como Boeing Co., Odebrecht e Thales SA, que são atraídas pelo investimento na área militar do país.
O Brasil é um mercado atrativo, dadas as possíveis reduções do
orçamento das áreas de defesa nos Estados Unidos, Reino Unido e outros
países. Os investimentos anuais do setor no país tiveram um aumento de
236 por cento nos últimos quatro anos, para R$ 12 bilhões, de acordo com
dados do Ministério da Defesa.
A área de defesa está trocando equipamentos antigos para desenvolver
tecnologia localmente e criar empregos, segundo executivos do setor. O
Brasil não entra em conflitos armados com seus 10 vizinhos há 142 anos e
não participa de guerras desde 1945.
“É um mercado muito promissor. O Brasil, tudo mundo sabe, entrou numa
nova fase de inserção mundial”, disse Ramiro Brasil, gerente
administrativo da Flight Technologies, de São José dos Campos, que
entregou três protótipos do avião não tripulado ao Exército no ano
passado e agora testa uma versão menor, com lançamento manual. “Por fim,
o setor público está preocupado com normas e diretrizes que sustentam a
indústria.”
Fonte: Exame
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