O premiê de Israel,
Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que a maior parte das ameaças à
segurança do país se tornam menores diante da possibilidade de o Irã
obter armas nucleares. Segundo a mídia israelense, Teerã tem
intensificado os seus esforços para produzi-las.
Os comentários do primeiro-ministro na reunião semanal de gabinete e as
notícias de primeira página no liberal Haaretz, crítico de Netanyahu, e
no jornal conservador Israel Hayom se dão em meio ao debate cada vez
mais intenso sobre se Israel deve ou não atacar o Irã por causa de seu
controverso programa atômico.
O debate desafio os apelos do presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, que disputa a reeleição e que pede mais tempo para a diplomacia
internacional. Teerã diz que seu programa nuclear é pacífico e promete
fortes represálias caso atacado.
Nos comentários também transmitidos ao vivo pela mídia israelense,
Netanyahu afirmou que "todas as ameaças dirigidas neste momento a Israel
se tornam pequenas diante de outra ameaça, diferente em escopo,
diferente em substância." "Por essa razão, eu digo de novo que ao Irã
não pode ser permitida a obtenção de armas nucleares", declarou
Netanyahu.
Netanyahu também disse que Israel investe bilhões em defesa.
O Banco Central, por exemplo, tem feito simulações para o caso de
"grandes crises", como uma guerra contra o Irã, disse Stanly Fischer,
chefe do banco, a uma televisão israelense neste fim de semana.
Os jornais Haaretz e Israel Hayom publicaram que o Irã teria feito
progressos significativos para o desenvolvimento de armas nucleares, com
base em fontes anônimas.
Amplamente conhecido por ter o único arsenal atômico da região, o
Estado judeu vê um conflito nuclear com o Irã como uma ameaça mortal e
há tempos tem ameaçado atacar seu arquirrival preventivamente.
Os comentários sobre guerra têm, em parte, como objetivo endurecer as
sanções internacionais contra Teerã. Alguns analistas especulam que
Netanyahu esteja blefando.
Outros acham que é uma tentativa de mudar a opinião de ministros, militares e eleitores contrários a um ataque.
Fonte: Exame
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