Qatar, Arábia Saudita e Líbia fornecem armas aos rebeldes sírios,
afirmou nesta segunda-feira (6) em Paris uma porta-voz do Conselho
Nacional Sírio (CNS), que também destacou que "esperar uma solução
militar é algo catastrófico".
Em uma entrevista à rádio "Europe 1", Bassma Kodmani, responsável pelas
relações exteriores do CNS, disse que os "rebeldes no campo de batalha
buscam desesperadamente armas onde quer que possam encontrá-las".
Kodmani citou "alguns países" que proporcionam "certo tipo de armas": armas "leves e convencionais.
Ao ser questionado sobre os países que fornecem armas atualmente,
Kodmani citou "Qatar, Arábia Saudita e talvez um pouco a Líbia, com o
que restou de sua própria batalha".
"Mas sabemos também que, com certa quantidade de dinheiro, eles (os
rebeldes) vão buscar no mercado negro, por todos os meios, comprar o que
puderem comprar".
"Atualmente, esperar uma solução militar, é catastrófico", concluiu.
Mas confrontosNovos bombardeios e confrontos foram
registrados nesta segunda-feira em Aleppo, norte da Síria, ao mesmo
tempo que o Conselho Nacional Sírio (CNS) acusou o Exército de Bashar
al-Assad de ter cometido um massacre, que teria provocado 40 vítimas, em
uma localidade da província de Hama.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a
violência em Aleppo matou oito civis e um dirigente rebelde, o que
elevou a 28 o número de vítimas no país nesta segunda-feira.
Os bombardeios tinham como alvos o Palácio de Justiça, no centro, e os bairros de Shaar e de Markheh, na zona leste.
Também foram registrados tiroteios em Salahedin (oeste), reduto rebelde
onde um comandante insurgente morreu, e no bairro de Bab-al-Nairab
(centro).
A ONG informou que 28 pessoas morreram em todo o país até o momento
nesta segunda-feira. No domingo, 131 pessoas morreram em atos de
violência, sendo 79 civis, 42 soldados e 10 rebeldes.
Também nesta segunda-feira, o CNS, principal coalizão da oposição,
acusou o Exército de ter cometido um massacre em Harbnafsa, localidade
de 8.000 habitantes da província sunita de Hama.
Um comunicado afirma que bombardeios que duraram mais de cinco horas e
uma ofensiva deixaram 40 mortos e 120 feridos, a maioria em estado
grave.
O CNS acusa as forças de segurança e as "shabbihas", milícias do
regime, de ter perseguido as pessoas que fugiam com armas de fogo e
armas brancas.
A coalizão afirma que o objetivo do ataque é provocar um "exílio religioso claro".
No domingo, três senadores americanos pediram o envio de ajuda militar
direta aos rebeldes sírios, incluindo uma mobilização aérea, para
proteger as zonas do país controladas pelas forças opositoras ao regime
de Assad.
Fonte: G1
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