Autoridades de Israel lamentaram na sexta-feira, 28, a decisão do
governo argentino de se reunir com o Irã para discutir o atentado de
1994 na entidade judaica Amia, que Teerã é suspeito de ter patrocinado.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, determinou que seu
chanceler aceite a solicitação de diálogo feita nesta semana pelo Irã em
Nova York. A decisão reverte a postura argentina anterior no caso, e
foi criticada por líderes judaicos em Buenos Aires.
As relações entre Argentina e Irã estão praticamente congeladas desde
que autoridades obtiveram em 2007 mandados de prisão da Interpol para
cinco iranianos e um libanês acusados de envolvimento no atentado, que
matou 85 pessoas. O Irã nega ter ligação com o ataque.
"O relatório da investigação comandada pela equipe especial da
procuradoria geral argentina determinou em detalhes e sem dúvida que a
decisão de explodir... o prédio foi tomada pelos escalões superiores do
governo iraniano", disse nota divulgada pela embaixada israelense em
Buenos Aires.
"Esperamos que mantenha esses indícios em mente durante suas reuniões com os iranianos."
Fonte: Estadão
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