A possibilidade de Israel atacar sozinho as instalações
nucleares iranianas colocou o Oriente Médio em uma situação delicada e
perturbou o principal aliado do país em meio a uma campanha presidencial
norte-americana. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostrou
impaciência, dizendo que Teerã está a cerca de um ano de atingir "a
linha vermelha" da capacidade atômica. Muitos israelenses, contudo,
temem que um ataque unilateral, sem as forças dos Estados Unidos, não
terá êxito contra um inimigo tão grande e distante.
Mas, e se Israel não estiver sozinho? O Azerbaijão, ex-república
soviética rica em petróleo e que faz fronteira com o norte do Irã, tem
conversado com Israel sobre como as bases aéreas e aviões teleguiados
locais podem ajudar os caças do Estado judaico a realizar um ataque a
distância, de acordo com fontes.
Isso é muito longe do grande poder de fogo que Netanyahu pediria a
Washington, mas tal aliança pode mudar o pensamento israelense sobre a
viabilidade de agir sem a ajuda dos EUA. Embora haja negativas oficiais
de ambos os países, duas ex-autoridades militares do Azerbaijão e duas
fontes de inteligência da Rússia disseram que análises estão sendo
feitas sobre a questão.
"De onde os aviões voarão, e para onde? É o que está sendo planejado
neste momento", disse um consultor de segurança com contatos no setor de
defesa do Azerbaijão, em Baku.
Não é segredo que o presidente do país, Ilham Aliyev, se tornou um
raro muçulmano a ficar amigo de Israel. Um acordo de 1,6 bilhão de
dólares de armamentos envolvendo dezenas de drones israelenses e a sede
de Israel por petróleo do Mar Cáspio estão bem documentados. O ministro
das Relações Exteriores de Israel visitou Baku em abril último.
Rasim Musabayov, um legislador azeri independente e membro do comitê
de assuntos externos do Parlamento, afirmou que, embora não tenha
informações definitivas, entendia que o Azerbaijão vai provavelmente
participar de quaisquer planos israelenses contra o Irã, pelo menos para
contingência de reabastecimento da força de ataque.
"Israel tem um problema se for bombardear o Irã e suas instalações
nucleares, não tem como reabastecer", afirmou Musabayov. "Eu creio que
seus planos incluem algum uso de acesso no Azerbaijão."
"Nós temos bases totalmente equipadas com modernos equipamentos de
navegação, defesa antiaérea e pessoal treinado por norte-americanos e,
se necessário, elas podem ser usadas sem qualquer preparação prévia". O
governo Obama deixou claro que não apoia as indicações de guerra de
Israel e que prefere a diplomacia e as sanções econômicas para frear o
programa nuclear iraniano, o qual Teerã nega que tenha finalidade
militar.
Fonte: Terra
A possibilidade de Israel atacar sozinho as instalações nucleares
iranianas colocou o Oriente Médio em uma situação delicada e perturbou o
principal aliado do país em meio a uma campanha presidencial
norte-americana.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostrou impaciência,
dizendo que Teerã está a cerca de um ano de atingir "a linha vermelha"
da capacidade atômica. Muitos israelenses, contudo, temem que um ataque
unilateral, sem as forças dos Estados Unidos, não terá êxito contra um
inimigo tão grande e distante.
Mas, e se Israel não estiver sozinho?
O Azerbaijão, ex-república soviética rica em petróleo e que faz
fronteira com o norte do Irã, tem conversado com Israel sobre como as
bases aéreas e aviões teleguiados locais podem ajudar os caças do Estado
judaico a realizar um ataque a distância, de acordo com fontes.
Isso é muito longe do grande poder de fogo que Netanyahu pediria a
Washington, mas tal aliança pode mudar o pensamento israelense sobre a
viabilidade de agir sem a ajuda dos EUA.
Embora haja negativas oficiais de ambos os países, duas
ex-autoridades militares do Azerbaijão e duas fontes de inteligência da
Rússia disseram à Reuters que análises estão sendo feitas sobre a
questão.
"De onde os aviões voarão, e para onde? É o que está sendo
planejado neste momento", disse um consultor de segurança com contatos
no setor de defesa do Azerbaijão, em Baku.
Não é segredo que o presidente do país, Ilham Aliyev, se tornou
um raro muçulmano a ficar amigo de Israel. Um acordo de 1,6 bilhão de
dólares de armamentos envolvendo dezenas de drones israelenses e a sede
de Israel por petróleo do Mar Cáspio estão bem documentados.
O ministro das Relações Exteriores de Israel visitou Baku em abril último.
Rasim Musabayov, um legislador azeri independente e membro do
comitê de assuntos externos do Parlamento, afirmou que, embora não tenha
informações definitivas, entendia que o Azerbaijão vai provavelmente
participar de quaisquer planos israelenses contra o Irã, pelo menos para
contigência de reabastecimento da força de ataque.
"Israel tem um problema se for bombardear o Irã e suas
instalações nucleares, não tem como reabastecer", afirmou Musabayov à
Reuters. "Eu creio que seus planos incluem algum uso de acesso no
Azerbaijão."
"Nós temos bases totalmente equipadas com modernos equipamentos
de navegação, defesa antiaérea e pessoal treinado por norte-americanos
e, se necessário, elas podem ser usadas sem qualquer preparação prévia."
O governo Obama deixou claro que não apoia as indicações de
guerra de Israel e que prefere a diplomacia e as sanções econômicas para
frear o programa nuclear iraniano, o qual Teerã nega que tenha
finalidade militar.
Fonte: Reuters
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