Após os planos de uma força de bombardeio estratégico terem sido abandonados em 1936, a Luftwaffe, em 1938, emitiu um requerimento de um bombardeiro pesado para a Heinkel que resultou no Heinkel He 177 Greif (Grifo). Era uma aeronave de asa média com quatro motores DB 601. A primeira aeronave, He 177 VI voou em 19 de Novembro de 1939. Problemas com o aquecimento do motor e falhas estruturais atrasaram a produção. O primeiro He 177A-1 alcançou os testes operacionais apenas em Julho de 1942 participando de incursões sobre o Reino Unido mas geralmente eles eram ruins em serviço.
 
A solução dos motores acoplado dois a dois pareceu ser interessante em modelos de teste e competição, mas para uma aeronave que tinha que entrar em combate as exigências eram muito diferentes. Para começar a configuração gerava calor em excesso (super aquecimento) este apareceu logo no primeiro voo, que durou apenas 12 minutos por causa do super aquecimento dos motores.

Desde o primeiro voo que os protótipos apresentaram problemas e sofreram acidentes. O segundo, terceiro e quarto protótipos despenharam-se. O quinto, que voou no inicio de 1941 também se perdeu num acidente.

A aeronave, que inicialmente deveria contar com um sofisticado sistema de arrefecimento do motor e com torretas controladas remotamente, teve que utilizar sistemas já testados, porque o sistema de arrefecimento não funcionou no motor duplo e as torretas de controle remoto não foram desenvolvidas em tempo hábil.

Isso levou a um avião pesado e menos aerodinâmico, o que resultou em maior consumo e maior dificuldade em cumprir com a especificação apresentada pelo ministério do ar.

Em meio a problemas técnicos, a exigência de transformar o He-177 num bombardeiro de voo picado implicou em reforços na estrutura, o que aumentou ainda mais o peso do avião e reduziu a sua autonomia.

Várias versões foram produzidas como o He 177A-3/R3 que podia carregar três mísseis Hs 293, o He 177A-3/R5 com uma arma de 75mm na gôndola ventral e o He 177A-3/R7 que era um bombardeiro-torpedeiro. Alguns He 177A-3 foram utilizados para abastecer as tropas alemãs cercadas em Stalingrado. O He 177A-5 tinha asas mais fortes que o permitiam carregar maior peso nelas. O He 177A-5 foi o último a servir com a Luftwaffe mas muitos projetos continuaram aparecendo como uma versão do He 177 que deveria carregar a bomba atômica alemã. Cerca de 1.160 foram produzidos.

Especificações do Heinkel He 177A-5/R2 Greif

Tipo: bombardeiro pesado de seis tripulantes
Motor: dois motores Daimler-Benz DB610A-1/B V-12 desenvolvendo 2.950hp
Dimensões: envergadura: 31,44m; comprimento: 20,40m; altura: 6,40; área da asa: 102m²
Pesos: vazio: 16.900kg; máximo na decolagem: 31.000kg
Performance: velocidade máxima: 488km/h a 6.000 metros; sobe 190 metros por minuto; teto operacional: 8.000 metros; alcance: 5.500km
Armamento: uma metralhadora MG 81 de 7,92mm no nariz, uma MG 131 de 13mm na torre dorsal, uma MG 131 na traseira da gôndola ventral, um canhão MG FF de 20mm na frente da gôndola ventral, uma MG FF na torre traseira mais uma carga para 6.000kg de bombas ou dois mísseis Hs 293
 
Fonte:  Armas da Segunda Guerra Mundial - com informações adaptadas do Area Militar