O ministro de Defesa do Irã e general da poderosa Guarda Revolucionária, Ahmad Vahidi, afirmou neste domingo que seu país tem um potente arsenal bélico que está a serviço da comunidade islâmica.
"A capacidade bélica da República Islâmica do Irã é alta e está a serviço da comunidade", assinalou o militar, que foi citado pela agência de notícias estudantil Isna.
"Utilizaremos, em seu tempo, tudo o que temos a nossa disposição para defender a nação e os territórios islâmicos, já que isto nos parece algo natural", acrescentou Vahidi, que fez referência à recente entrada de um avião espião não-tripulado no espaço aéreo israelense, que foi imediatamente abatido.
Aparentemente, o aparelho era um protótipo copiado de um avião similar dos Estados Unidos derrubado pelo Irã e em poder do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado de Teerã.
"Para nós, o voo do avião não-tripulado do Hezbollah sobre o céu das terras ocupadas é um direito natural", disse Vahidi. Com relação a isso, o ministro da Defesa iraniana assegurou que "esta conquista provém da resistência islâmica e do movimento digno da República Islâmica do Irã". Vahidi acrescentou que a ação demonstra, além disso, que o Hezbollah pode estar totalmente preparado para uma eventualidade como a guerra que teve com Israel em 2006.
"O voo do avião não-tripulado sobre as terras ocupadas demonstra a fraqueza do que Israel chama a cúpula de ferro e de tudo que Israel diz sobre este sistema de proteção aérea", recalcou Vahidi.
Em 6 de outubro, a Força Aérea israelense detectou um UAV (veículo aéreo não-tripulado) que sobrevoava o norte do deserto do Neguev no sul do país. O veículo foi interceptado e derrubado, indicou o escritório de informação do exército em comunicado divulgado aos meios de imprensa.
O coordenador adjunto dos Guardiões da Revolução, Yamaledin Abrumand, também anunciou, em 8 de outubro, que "a entrada deste avião não-tripulado nas terras ocupadas , em uma faixa de 100 km, demonstra a fraqueza e ineficácia do sistema de Cúpula de Ferro e de defesa deste regime".
O Irã está submetido a sanções pela ONU, além da UE, EUA e outros países, devido a seu programa nuclear, que alguns países suspeitam que tem uma vertente armamentista, o que Teerã nega e assegura que é exclusivamente civil e pacífico.
Neste ano, Israel e EUA ameaçaram o Irã com um ataque militar para frear seu programa nuclear, algo que Teerã contestou dizendo que continuará com seu programa atômico civil e que, em caso de agressão, sua resposta será arrasadora, mas repetidamente assegurou que não vai iniciar nenhuma guerra.
Fonte: Terra
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