A Força Aérea norte-americana aprimorou uma aeronave não tripulada de
capacidades que podem impressionar. O Reaper pode voar por 14 horas
ininterruptas (42 com uso de tanques extras de combustível), disparar
mísseis Hellfire em alvos terrestres, atingir velocidades de 370 km/h e
seu teto operacional pode alcançar 15 quilômetros. Novos aprimoramentos
permitirão que a aeronave pouse sozinha e dispare mísseis em aviões
inimigos, tripulados ou não.
Até aqui, aeronaves não tripuladas tinham limitações operacionais que as
faziam ideais apenas para atividades de reconhecimento, coleta de
informações sobre o inimigo e vigilância. Com o Reaper, o paradigma
muda: agora, aviões não tripulados podem ser desenvolvidos
especificamente para uso em operações de ataque.
O Reaper é controlado via terra por uma estação que conta sempre com uma
equipe de três pessoas. O avião transmite, constantemente, suas
leituras e dados para o time, que é composto por um piloto, responsável
pela navegação do aparelho, operador, que se encarrega das leituras dos
sensores e monitoramento do comportamento do avião e um coordenador de
missão, que tem a função de gerenciar todo o andamento da missão.
A aposta no modelo de aeronave não tripulada para operações de ataque é
tão grande que as forças norte-americanas já investem US$ 87 milhões
(cerca de R$ 175 milhões segundo a tocação atual) em operações de
upgrade nos 80 Reapers que já estão a seu serviço. Cada uma dessas
aeronaves custou US$ 36 milhões (R$ 72 milhões), quando foram compradas,
há menos de dois anos. Com esta atualização, os Reapers terão mais
mobilidade, capacidade de defesa diante de outros aviões e conseguirão
pousar sozinhos, independentemente das condições climáticas e de
combate.
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