Iyad Ag Ghaly (de turbante ao lado), dirigente do principal grupo militar islamita do
Mali, foi um "homem de confiança" dos serviços secretos alemães, ao
ponto de estes lhe terem entregado, em 2003, a quantia de cinco milhões
de euros.
Confundido com esse curriculum de Ghali, o Governo de Bamako pediu-lhe que servisse de intermediário para fazer parar a recente ofensiva dos islamitas sobre a capital - ignorando que era, ele próprio, um dos impulsionadores dessa ofensiva.
Ghaly é hoje o principal dirigente do grupo armado islamita
mais forte na guerra do Mali, a milícia Ansar al-Din, que conta cerca de
1.500 combatentes.
Segundo uma investigação hoje publicada por Spiegel-on line, o líder islamita foi o homem de confiança do Governo alemão para mediar as negociações sobre uma outra crise, ocorrida entre fevereiro e março de 2003.
Nessa altura haviam sido raptados por um grupo argelino 14 turistas, nove dos quais alemães. Segundo um alto funcionário citado por Der Spiegel, Ghali foi "o nosso homem" para levar ao grupo sequestrador o valor combinado pelo resgate. Não se tratava de um valor irrisório: eram 5 milhões de euros, que o próprio secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Jürgen Chrobog, levou na bagagem para Bamako.
Segundo uma investigação hoje publicada por Spiegel-on line, o líder islamita foi o homem de confiança do Governo alemão para mediar as negociações sobre uma outra crise, ocorrida entre fevereiro e março de 2003.
Nessa altura haviam sido raptados por um grupo argelino 14 turistas, nove dos quais alemães. Segundo um alto funcionário citado por Der Spiegel, Ghali foi "o nosso homem" para levar ao grupo sequestrador o valor combinado pelo resgate. Não se tratava de um valor irrisório: eram 5 milhões de euros, que o próprio secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Jürgen Chrobog, levou na bagagem para Bamako.
No início da mais recente ofensiva islamita no Mali, o Governo de Bamako tentou mais uma vez recorrer aos talentos de Ghali como intermediário e pediu-lhe que negociasse um cessar-fogo com os rebeldes. Ghali deu-lhe a entender que aceitava a incumbência mas depois, a apreciação dos serviços secretos alemães (BND), ufanou-se de o ter feito apenas para ganhar tempo e poder desenvolver mais eficazmente a ofensiva.
Fonte: Euronews
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