O ministro do Interior argelino, Daho Ould Kablia, garantiu nesta
quinta-feira que o grupo terrorista que atacou ontem as instalações de um campo de gás no sudeste da Argélia e fez centenas de reféns argelinos e estrangeiros vinha da Líbia.
"A organização terrorista que atacou a base petrolífera em In Amenas
vinha da líbia e a operação foi planejada e supervisionada pelo
terrorista Mojtar Belmojtar em território líbio", disse o ministro ao
jornal argelino "Al Shuruk".
Kabilia responsabilizou indiretamente as autoridades líbias pelo
ocorrido ao afirmar que tinham expressado em "várias ocasiões seu temor"
e lhes haviam solicitado "dezenas de vezes" que protegessem sua
fronteira com a Argélia.
O Exército da Argélia pôs fim há poucas à operação para libertar os
trabalhadores argelinos e dezenas de estrangeiros sequestrados. No
entanto, não ofereceu nenhum balanço de vítimas. Na operação foram
resgatados 600 argelinos e quatro estrangeiros, segundo as fontes.
O ataque ao campo (explorado pela estatal argelina Sonatrach, a
britânica BP e a norueguesa Statoil) e o sequestro foram reivindicados
por um grupo denominado "Signatários com Sangue", pertencente à
denominada "Brigada dos Mascarados", dirigida pelo argelino Belmojtar.
O grupo de Belmojtar disse que a ação é a resposta ao apoio argelino às
tropas francesas que desde a sexta-feira passada combatem junto ao
Exército malinês contra os grupos jihadistas que controlam as províncias
setentrionais do Mali.
Anteriormente, os jihadistas haviam declarado que 35 sequestrados e 15
sequestradores morreram em um bombardeio que o Exército argelino efetuou
hoje contra o campo de gás quando os terroristas tentavam transportar
parte dos reféns a um lugar mais seguro.
No entanto, o Governo de Argel não fez comentários sobre estes dados e
não informou em nenhum momento sobre eventuais vítimas, além do argelino
e do britânico que morreram ontem durante o ataque, que deixou outros
seis feridos.
Fonte: Exame
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