
A negociação está no contexto do acordo entre Moscou e Brasília
firmado em dezembro, na Rússia, pela presidente Dilma Rousseff. O termo
principal envolve o fornecimento, pela Rússia, de três baterias do
sistema de defesa antiaérea Pantsir S1, mais duas do míssil de porte
individual Igla 4/9K38 e a criação de uma joint venture que produzirá
essa arma no Brasil, envolvendo uma associação entre Avibras, Embraer e
Odebrecht.
A decisão final deve ser anunciada na próxima semana, durante a
visita do presidente Dimitri Medvedev ao Brasil. Na mesma ofensiva, a
agência russa de exportação de material militar oferece o pequeno
Yak-130 para a FAB como avião de transição entre o turboélice Super
Tucano e os caças principais da Força.
A presidente Dilma, que procura driblar a agenda das formalidades
diplomáticas, receberá o visitante. Todavia, parte do programa será
cumprida pelo vice, Michel Temer, cada vez mais envolvido nas questões
da Defesa.

Os russos usariam o equipamento em uma de suas mais novas máquinas de
guerra, o jato de ataque leve e treinamento avançado, o Yak-130, Mitten
(um tipo de luva) na classificação da Organização do Tratado do
Atlântico Norte. A versão A, mais desenvolvida, fez o primeiro voo em
2004 e foi logo em seguida contratado pela aviação militar russa, que
encomendou 72 unidades. Em 2011, a Irkut recebeu um pedido adicional de
mais 65 jatos. Cada aeronave custa cerca de US$ 15,3 milhões - 40 foram
entregues.

De certa forma, o jato assemelha-se ao AMX da Embraer. A configuração
padrão é de dois pilotos, a velocidade máxima subsônica fica em 1.050
km/hora e o alcance bate em 2,5 mil quilômetros - a carga de armamento
variado (mísseis, bombas guiadas, foguetes) é de 3 toneladas.
Mísseis. Nesta sexta-feira, uma comissão de técnicos
russos acertava detalhes da negociação com o míssil Pantsir S1, em São
José dos Cam-pos. O valor do negócio ainda está sendo definido. O
projeto foi montado pelo general José Carlos De Nardi, Chefe do Estado
Maior Conjunto da Defesa, e prevê a aquisição de três baterias do
Pantsir S1 - cada bateria usa seis carretas lançadoras, além de veículos
de apoi0 - combinação de mísseis terra-ar com alcance de 20 km, na
altitude de 15 km, mais dois canhões duplos, de 30 mm.
Cada carreta transporta 12 mísseis 57E6. O radar de detecção atua em
um raio de 36,5 km e pode localizar dez alvos por minuto. O sistema
eletrônico é redundante, segundo a empresa russa KBP, responsável pelo
programa do Pantsir S1. "A melhor parte de todo o processo é que os
russos aceitaram a demanda brasileira de que haja transferência de
tecnologia", diz o general De Nardi. Todo o conhecimento original do
projeto do equipamento será aberto.
Fonte: Estadão

A negociação destes equipamentos e tecnologias está no
contexto do acordo firmado entre Moscou e Brasília em dezembro, na
Rússia, pela presidente Dilma Rousseff (veja nota).
O termo principal envolve o fornecimento de três baterias do sistema de
defesa antiaérea Pantsir S1, mais duas do míssil MANPADS (man portable
air defense system) Igla 4/9K38, e a criação de uma joint-venture que
produzirá essa arma no Brasil, envolvendo a Avibras, a Embraer Defesa e
Segurança e a Odebrecht. A decisão final deverá ser anunciada na próxima
semana, durante a visita do presidente Dimitri Medvedev ao Brasil.
Na
mesma negociação, a agência russa de exportação de material militar
Rosoboronexport oferece o pequeno jato de treinamento avançado e ataque
leve Yak-130 para a FAB como um avião de transição entre o turboélice
A-29 Super Tucano e as aeronaves de caças de primeira linha da Força. O
Yak-130A é, na atualidade, a versão mais desenvolvida do modelo, e
realizou seu primeiro voo em 2004. Logo a seguir, a aeronave foi
adquirida pela aviação militar russa (VVS), que encomendou 72 unidades. Em 2011, a Irkut recebeu um pedido adicional de mais 65 jatos.

Fonte: Infodefensa
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