A Coreia do Norte rejeitou formalmente neste sábado (9) uma resolução
do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que
exige o fim de seu programa de armas nucleares, enquanto a China pediu
calma, afirmando que as sanções não são a maneira "fundamental" para
resolver as tensões na península coreana.
Pyongyang
afirmou que vai buscar seu objetivo de ser um Estado completamente
capaz em armamento nuclear, apesar das sanções que foram aprovadas de
forma unânime na sexta-feira pelo Conselho. As sanções têm como objetivo
aumentar as restrições financeiras e combater as tentativas da Coreia do Norte de transportar cargas proibidas.
A resolução, a quinta desde 2006 criada para interromper o programa
nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, coincide com uma
acentuada escalada das tensões na península depois do terceiro teste
nuclear promovido por Pyongyang em 12 de fevereiro.
"A RDPC, assim como no passado, veementemente denuncia e totalmente
rejeita a resolução de sanções, um produto da política hostil dos
Estados Unidos contra a RDPC", afirmou o porta-voz do Ministério de
Relações Exteriores da Coreia do Norte, em comunicado. RDPC é a
abreviação do nome oficial da Coreia do Norte, República Democrática
Popular da Coreia.
O único grande aliado da Coreia do Norte é a China, que tem dito que
quer ver as sanções totalmente implementadas, mas o ministro chinês de
Relações Exteriores, Yang Jiechi, afirmou em entrevista no sábado que a
melhor maneira de resolver o problema é via diálogo.
"Sempre acreditamos que as sanções não são o objetivo das ações do
Conselho de Segurança, nem as sanções são uma forma fundamental para
resolver questões relevantes", disse Yang, pedindo para todos os lados
exercerem calma e moderação.
Analistas afirmam que os líderes da China estão cada vez mais irritados
com a Coreia do Norte e suas recentes ações criaram um debate político
dentro da China, mas alertam que Pequim
provavelmente não vai desistir de seu antigo aliado em breve. "O que
Yang Jiechi disse hoje é reflexo de que o país não vai tomar medidas
sobre a Coreia do Norte que causem mais instabilidade. Não vai mudar sua
política da noite para o dia e abandonar a Coreia do Norte."
A Coreia do Norte acusa os Estados Unidos de usar exercícios militares na Coreia do Sul
como plataforma de lançamento de uma guerra nuclear e declarou na
terça-feira que vai abandonar um armistício com Washington que encerrou
hostilidades da guerra coreana de 1950-1953.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra porque o armistício, e não
um acordo formal de paz, encerrou o conflito da década de 1950.
Fonte: G1
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