Alguns países da Otan analisam uma possível intervenção militar na
Síria, que poderia seguir "a mesma sequência que na Líbia", inclusive
através de uma resolução das Nações Unidas, disse nesta terça-feira, em
Washington, o comandante supremo das forças da Aliança Atlântica,
almirante James Stavridis.
Ao ser entrevistado pelo presidente do Comitê das Forças Armadas, em
Washington, o almirante americano respondeu "sim" à pergunta sobre se
alguns países consideram a possibilidade de eliminar as defesas aéreas
do regime sírio.
Segundo Stavridis, "a Aliança decidiu que seguirá a mesma sequência
que na Líbia" em 2011, quando a Otan agiu com base em uma resolução do
Conselho de Segurança da ONU e com o apoio de países da região.
"Estamos dispostos, se formos solicitados, a nos envolver como fizemos com a Líbia", disse Stavridis.
O atual papel da Otan no conflito sírio está limitado à instalação de
baterias de mísseis Patriot ao longo da fronteira com a Turquia para
evitar incursões aéreas e ataques de mísseis do território sírio.
"A situação na Síria vai de mal a pior: 70 mil mortos, um milhão de
refugiados expulsos do país, provavelmente 2,5 milhões de deslocados
dentro do território sírio e uma previsão de fim brutal para a guerra
civil", destacou o chefe da força da Otan.
Fonte: EM
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