Um avião militar iraniano tentou interceptar na última terça-feira,
sem sucesso, um avião não tripulado ("drone") dos Estados Unidos sobre
águas internacionais no Golfo Pérsico, informou nesta quinta-feira o
Pentágono, que pretende continuar com esse tipo de voo, apesar das
advertências do Irã.
O porta-voz do Departamento de Defesa, George Little, disse em
comunicado que uma "aeronave iraniana F-4 Phantom II" se aproximou na terça-feira
dia 12 de um avião militar americano MQ-1 Predator, "desarmado e não-tripulado,
que fazia um voo rotineiro de vigilância de caráter classificado sobre
águas internacionais no Golfo Pérsico".
"O MQ-1 estava acompanhado por dois aviões militares americanos, e
todos eles se mantiveram o tempo todo sobre águas internacionais. O
avião iraniano se afastou após receber uma advertência verbal",
acrescentou Little.
Segundo o porta-voz, o mais próximo que esteve o F-4 iraniano do avião americano foi cerca de 25 quilômetros de distância.
No último dia 1º de novembro, um caça iraniano disparou contra outro
"drone" americano que sobrevoava o espaço aéreo internacional em um voo
de vigilância, mas não conseguiu derrubá-lo.
"Depois desse incidente em novembro, os Estados Unidos comunicaram
aos iranianos que continuariam fazendo voos de vigilância sobre águas
internacionais de acordo com uma prática de longa data e com o
compromisso com a segurança da região", assinalou Little.
"Também comunicamos que nos reservamos ao direito de proteger nossos
recursos militares e nossas forças, e vamos continuar fazendo isso de
agora em diante", acrescentou o porta-voz.
O Irã afirmou em várias ocasiões que derrubou aviões espiões não
tripulados tanto israelenses quanto americanos em seu espaço aéreo,
sobre terra e sobre suas águas territoriais.
Além do incidente de novembro, o Irã anunciou em dezembro que tinha
capturado um "drone" americano de observação ScanEagle, que seus
militares afirmaram que continha informação militar e de matéria
petrolífera, apesar de os Estados Unidos afirmarem que não sabem dessa
captura.
Antes deste último incidente, o Irã acusou os EUA de terem invadido
seu espaço aéreo por oito vezes desde o último mês de outubro, e
apresentou queixas à ONU, além de ter afirmado que o país "preservará e
protegerá" seu território "de maneira contundente".
Fonte: Terra
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