Violência: Candidatos são mortos durante campanha eleitoral no Iraque
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Não houve, até o momento, nenhuma reivindicação de responsabilidade pelo ataque, mas essa tática coordenada costuma ser uma marca do braço da Al-Qaeda do Iraque. Autoridades do país acreditam que o grupo insurgente se tornou mais forte e mais coordenado após a fusão com aliados que lutam para derrubar o presidente Bashar al-Assad , da Síria, que faz fronteira com o Iraque. Eles afirmam que a falta de controle governamental na fronteira e a cooperação com o grupo sírio Frente Al-Nusra, melhorou o suprimento de armas para os militantes.
Quase todos os ataques com mortes registrados por policiais nesta semana foram realizados com bombas. Além de Bagdá, foram feitos ataques na cidade sunita do oeste de Fallukah, Kirkuk, e cidades xiitas do sul. Outros ataques foram registrados no norte da capital, incluindo o antigo reduto da Al-Qaeda de Baqouba e a cidade natal de Saddam Hussein (1937-2006), Tirkit.
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Os ataques mais mortais foram na capital, Bagdá, onde 15 foram mortos. Todos os ataques aconteceram às 9h (3h em Brasília). No subúrbio de Kamaliya, no leste, um carro estacionado explodiiu perto de um ponto de ônibus, deixando quatro mortos e 13 feridos. Qassim Saad, um professor de árabe de uma escola das redondezas, disse que seus alunos começaram a gritar quando a explosão quebrou os vidros das janelas.
Ele descreveu uma cena caótica onde forças de segurança atiraram para o ar para dispersar curiosos. "Eu culpo aqueles que se chamam de políticos no governo e as forças de segurança...por essa péssima situação. Eles não estão fazendo nada para ajudar o povo e só buscam atender seus próprios benefícios", disse.
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Outros dos carros-bomba estacionados explodiram em um estacionamento na estrada que leva para o Aeroporto Internacional de Bagdá, matando três, incluindo o guarda-costas de um deputado xiita cujo comboio estava passando. O deputado escapou sem ferimentos. Outros 16 ficaram feridos.
Quatro civis foram mortos e 15 feridos com a explosão em um mercado e em um ponto de ônibus no bairro de Umm al-Maalif, no sul. Uma bomba de beira de estrada também explodiu no bairro comercial de Karrada, deixando dois mortos e 15 feridos, enquanto outro carro-bomba estacionado matou dois e feriu nove no bairro de Shurta. Cinco policiais ficaram feridos quando sua patrulha atingiu uma bomba na beira da estrada no bairro de Baladiyat.
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Dentro e nos arredores da cidade de Kirkuk, ao norte, três carros-bomba estacionados explodiram no centro simultaneamente - um em um distrito árabe, um em um distrito curdo e outro em um distrito turcomeno. Quatro foram mortos e 18 foram feridos. Fora da cidade três outros carros-bomba explodiram deixando cinco mortos e ferindo 16. Dois outros tentaram atingir a casa de um candidato xiita para as eleições locais, mas ele não ficou ferido.
Kirkuk, localizado a cerca de 290 km de Bagdá, abriga uma mistura de grupos étnicos que reivindicam para si a riqueza do petróleo da região. No antigo reduto de insurgência de Fallujah, os ataques começaram às 6h30 (0h30 em Brasília), quando um homem-bomba explodiu um carro em um posto policial, matando dois policiais e deixando seis outros feridos.
Cerca de meia hora edpois, na cidade de Mussayab, localizada a 45 km de Bagdá, um carro-bomba explodiu em um mercado aberto, deixando dois civis mortos e outros 13 feridos.
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Atiradores armados com pistolas mataram um policial enquanto ele dirigia seu carro na cidade de Tarmiyah, 50 km ao norte da capital. Mais dois civis morreram e 14 ficaram feridos quando dois carros-bomba estacionados explodiram em Nasiriyah, cerca de 320 km sudeste de Bagdá.
Um policial e treze civis ficaram feridos em dois ataques separados na província de Diyala. Cinco civis ficaram feridos na cidade natal de Saddam Hussein, Tirkit, 60 km a nordeste de Bagdá, quando dois carros-bomba explodiram no centro da cidade.
Policiais locais deram os detalhes dos ataques e fontes hospitalares confirmaram os números de mortos e feridos. Embora a violência no Iraque esteja menor do que seu pico, entre 2006 e 2007, ataques com bomba permanecem comuns no país.
As explosões ocorrem um dia depois de uma série de ataques ter deixado 10 mortos, incluindo um candidato sunita que concorreria nas eleições locais. O ataque mais sério de domingo aconteceu quando explosivos amarrados ao peito de um corpo foram acionados enquanto um grupo de policiais fazia a inspeção na rua.
No sábado, iraquianos vão votar na primeira eleição do país desde a retirada das tropas americanas em dezembro de 2011. A eleição, para autoridades locais, será um teste sobre a força do premiê Nouri al-Maliki bem como para as forças de segurança e sua habilidade para manter o país seguro.
Fonte: IG
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