
Na última semana, o ministro indiano de Defesa, Salman
Khurshid, ameaçou cancelar uma visita oficial a Pequim caso a situação
conflituosa não fosse resolvida. Em represália, foi especulado que o
novo premiê chinês, Li Keqiang, também poderia deixar de realizar uma
visita programada para Nova Délhi.
Apesar dos avanços nas relações entre os dois países, a
montanhosa área disputada, conhecida como "Linha de Real Controle (LAC,
na sigla em inglês)", segue como uma questão conflituosa desde uma
guerra na fronteira, em 1962.
A divisão nunca foi formalmente demarcada nessa parte do
Himalaia e constantes acordos de paz mantêm a paz no local, apesar do
grande contigente militar dos dois países. China e Índia têm um tratado
de não agressão nuclear
Fonte: Terra
O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, assegurou
neste sábado que tem "um plano" para encerrar a tensão existente entre
tropas indianas e chinesas na fronteira comum e que não deseja
"acentuar" o problema, segundo informou a imprensa local.
"Temos um plano e não queremos acentuar a situação.
Acreditamos que é possível resolver esse problema, já que é um problema
localizado", afirmou o primeiro-ministro da Índia em entrevista
coletiva, de acordo com a agência local PTI.
Essas declarações de Singh foram publicadas um dia
depois de o secretário de Defesa indiano, Shashikant Sharma, reconhecer
pela primeira vez, em uma nota dirigida ao Parlamento, que as tropas
chinesas penetraram 19 quilômetros em seu território.

A China negou as acusações e sustenta que suas tropas
não violaram a fronteira do país vizinho, enquanto a Índia afirma que
posicionou tropas a 500 metros do acampamento chinês.
O ministro das Relações Exteriores da Índia, Salman
Khurshid, visitará a China no próximo dia 9, como já estava previsto,
pouco antes da visita oficial à Índia do novo primeiro-ministro chinês,
Li Keqiang, marcada para o fim desse mês.
Comandantes militares dos dois países se reuniram em
duas ocasiões na fronteira comum de Ladakh para resolver a situação, mas
não alcançaram um acordo, segundo informou o jornal "The Times of
India".
Kursheed afirmou que essas situações ocorrem porque os
dois países têm uma percepção diferente de sua fronteira comum, uma vez
que não existe demarcação da Linha de Controle Atual (LCA), que separa
os territórios das duas nações desde 1947.
A Índia e China compartilham quatro mil quilômetros de
fronteira, ao longo da qual mantêm litígios territoriais. A China
reivindica parte do estado indiano de Arunachal Pradesh, enquanto a
Índia quer soberania sobre a zona de Aksai Chin, localizada na Caxemira.
Fonte: Terra
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