O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, anunciou nesta terça-feira (08/05) novas medidas para reduzir as agressões sexuais nas Forças Armadas do país, após ser divulgada a notícia do aumento de cerca de 30% entre 2010 e 2012.
Em entrevista coletiva, o chefe do Pentágono expressou sua "indignação e desgosto" perante as "preocupantes" acusações refletidas no relatório bienal do Pentágono que indica que o número de "contatos sexuais não desejados" estimados nas Forças Armadas subiu de 19.100 em 2010 a 26.000 em 2012.

Hagel ressaltou que é necessário uma "mudança cultural" no Pentágono e, por isso, será feita uma atualização do plano estratégico de prevenção e resposta aos ataques sexuais do Departamento, e instruirá todos os serviços militares a "alinharem seus programas" com o mesmo.

Todos os chefes de divisão também terão que desenvolver "métodos para que os comandantes militares prestem contas pelo estabelecimento de climas de comando baseados "na dignidade e no respeito", incorporando a prevenção do ataque sexual e o cuidado às vítimas".

Segundo o Pentágono, o Departamento de Defesa trabalhará para "melhorar a efetividade dos programas de prevenção e resposta, com o recrutamento de organizações que ajudem a assegurar a conscientização e a segurança dos novos membros de serviço", explicou.
Os dados de abusos sexuais foram divulgados um dia depoisda detenção do oficial das Forças Áreas encarregado de dirigir a Unidade de Resposta e Prevenção de Agressões Sexuais no corpo militar, o tenente-coronel Jeffrey Krusinski, por tentativa de agressão sexual em Arlingon no estado de Virgínia.
O presidente Barack Obama afirmou hoje (08) que não haverá tolerância com os casos de assédios sexuais dentro das Forças Armadas do país. "É uma barbaridade e, se quem o realiza está dentro das Forças Armadas, então está traindo o uniforme", declarou  em entrevista coletiva conjunta com a chefe de Governo da Coreia do Sul, Park Geun-hye.

"Não vamos tolerar isto. E haverá consequências", concluiu.

Fonte: OPERA MINDI