Promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional está ciente das
alegações sobre o envolvimento de antigos funcionários do ex-presidente
da Líbia em crimes graves; ela está preocupada também com violações
cometidas pelas forças rebeldes.
O Tribunal Penal Internacional, TPI, está documentando crimes graves
alegadamente cometidos por antigos colaboradores do regime do líder
líbio, Muammar Kadafi. A informação foi dada, esta quarta-feira, no
Conselho de Segurança, pela promotora-chefe do órgão.
Em pronunciamento, Fatou Bensouda disse que o registro das violações
está sendo feito paralelamente com o acompanhamento das atividades
atuais dos que teriam sido responsáveis pelos crimes.
Alegações
De acordo com a promotora-chefe, seu escritório está ciente das
alegações dos crimes cometidos pelos ex-funcionários, parte deles vive
atualmente fora da Líbia. Kadafi foi deposto, em 2011, após protestos da
oposição que levaram ao fim o regime que durou mais de 40 anos.

Legitimidade
Bensouda declarou que o caso de Saif Al-lslam avançou para um estágio
em que somente a Câmara de juízes deve se pronunciar sobre as
apresentações feitas pelas partes.
Na semana passada, a promotora-chefe respondeu à contestação da Líbia sobre a legitimidade para julgar Abdullah Senussi.
Em relação aos antigos funcionários de Kadafi, o TPI afirmou que uma
decisão a respeito de um novo caso deve ser tomada em breve.
Rebeldes
Durante o informe, Bensouda disse que está preocupada com acusações
de crimes cometidos pelas forças rebeldes. Os abusos incluem a expulsão
de moradores da região de Tawergha.
Além disso, eles são acusados de perseguição a grupos étnicos
associados ao regime do antigo líder, como também, de incidentes com
desaparecidos, como a suposta "execução de 50 pessoas" num Hotel em
Sirte, em outubro 2011.
Fonte: Radio ONU
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