O ex-líder bósnio-croata Jadranko Prlic foi condenado a 25 anos de
prisão nesta quarta-feira por conduzir uma "limpeza étnica", que incluiu
assassinatos, estupros e a expulsão de muçulmanos da Bósnia durante a
dissolução da Iugoslávia, na década de 1990.
O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, em
Haia, também condenou outros cinco acusados, incluindo Slobodan
Praljak, ex-ministro-assistente da Defesa croata, a penas de 10 a 20
anos de prisão.
Os juízes disseram que a Croácia, que em 1o de julho
vai se tornar a segunda ex-república iugoslava a ingressar na União
Europeia, estava envolvida no plano, e que o então presidente Franjo
Tudjman acreditava que a limpeza étnica era necessária para criar um
Estado etnicamente puro que poderia se juntar à Croácia.
Lendo o resumo de uma sentença com mais de 2.600
páginas, o juiz presidente, Jean-Claude Antonetti, disse que
assassinatos, estupros e deportações foram cometidos pelas Forças
Armadas do auto-proclamado Estado de Herceg-Bosna, de etnia croata.
"Os crimes não foram atos de alguns soldados
indisciplinados", disse ele. "Foram resultado de um plano... para
remover permanentemente a população muçulmana de Herceg-Bosna".
Os seis também foram responsabilizados pela destruição
da Ponte Velha de Mostar, da era otomana, cujo bombardeio tornou-se
símbolo da devastação causada no conflito da Bósnia entre 1992 e 1995.
Fonte: UOL
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