
O acordo seria precursor para qualquer cooperação futura possível com a Colômbia que os aliados desenvolvam por meio da Otan”, sublinhou uma fonte da Organização às agências internacionais. A mesma fonte declarou à TeleSUR que “não há um plano imediato para estabelecer uma associação formal”.

As declarações foram dadas após o presidente Juan Manuel Santos ter anunciado neste sábado (31) que seu país assinará ainda este mês um acordo de cooperação com a Otan para negociar a entrada na organização internacional.
Repercussão:
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que com esta atitude, a Colômbia "quer colocar dinamite na medula das conquistas na união da América Latina, do Caribe, da América do Sul”.
“Justamente quando a região procura uma maior unidade através da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), é preocupante que estejam sendo tomadas iniciativas para buscar dividir e debilitar o processo”, afirmou, por sua vez, o presidente da Nicarágua Daniel Ortega.
O mandatário boliviano, Evo Morales, também se pronunciou e pediu pronta ação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para evitar que tal cooperação prospere: “Não podemos permitir que a Otan interceda na América Latina. Ter a Otan é uma ameaça para o nosso continente”, advertiu.
Fonte: TeleSUR - Via Vermelho

Segundo informações do jornal bogotano El Tiempo, o documento – que a princípio será denominado de “Acordo de cooperação e defesa” – será rubricado pelo ministro de Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón e o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen e, possivelmente, terá um segundo capítulo nos próximos meses.
O acordo, que deverá ser ratificado pelo Congresso e passará pelo filtro da Corte Constitucional, será feito em Bruxelas (Bélgica), sede da Aliança do Atlântico, onde é esperada a presença de Pinzón nos próximos dias.
Após a Força Aérea Colombiana realizar exercícios de treinamento, em maio deste ano, com aviões da Otan no Canadá, este é o primeiro convênio oficial com a aliança, que neste momento tem frontes abertos no Afeganistão e Iraque.
Apesar da adesão da Colômbia na Otan ser inviável , porque o país “não cumpre os critérios geográficos” o governo colombiano insiste em converter-se em um “sócio em matéria de cooperação” da aliança.

Por sua vez, os Estados Unidos expressaram seu apoio ao anúncio do mandatário colombiano, de que a Colômbia inicie uma “aproximação” com Otan tendo em vista um possível ingresso nesta organização defensiva e o considerou um reflexo da “capacidade” das Forças Armadas da Colômbia.
Pinzón comentou que os militares colombianos “são convidados para o exterior para ministrarem cursos, contar suas experiências e também militares de outros países chegam para treinar; é uma atividade que está ocorrendo há muito tempo”.
O Exército da Colômbia, no entanto, tem um longo histórico de denúncias por violações de direitos humanos e os chamados “falsos positivos”, como se sabe o assassinato de civis inocentes por dos militares para apresentá-los como guerrilheiros mortos em combate e ganhar privilégios.
Os governos da América Latina, como a Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua, rechaçam a determinação da Colômbia por considerar que viola os tratados de paz da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e implica em um perigo de intervenção militar para as nações da América Latina e Caribe.
Fonte: TeleSUR - Via Vermelho
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