A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou nesta segunda-feira (3) que está preparando um acordo com a Colômbia que “permitiria a troca de informações secretas entre a Aliança e a Colômbia”. No entanto, esclareceu que o país não cumpre com os critérios geográficos para entrar na organização. Presidentes latino-americanos condenam a intenção do país.

O acordo seria precursor para qualquer cooperação futura possível com a Colômbia que os aliados desenvolvam por meio da Otan”, sublinhou uma fonte da Organização às agências internacionais. A mesma fonte declarou à TeleSUR que “não há um plano imediato para estabelecer uma associação formal”.
O funcionário esclareceu que apesar de a Otan estar interessada em impulsionar a cooperação com a Colômbia, a nação não cumpre com os critérios geográficos para entrar no futuro na Aliança porque ela é exclusiva aos países da Europa e América do Norte.

As declarações foram dadas após o presidente Juan Manuel Santos ter anunciado neste sábado (31) que seu país assinará ainda este mês um acordo de cooperação com a Otan para negociar a entrada na organização internacional.

Repercussão:

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que com esta atitude, a Colômbia "quer colocar dinamite na medula das conquistas na união da América Latina, do Caribe, da América do Sul”.

“Justamente quando a região procura uma maior unidade através da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), é preocupante que estejam sendo tomadas iniciativas para buscar dividir e debilitar o processo”, afirmou, por sua vez, o presidente da Nicarágua Daniel Ortega.

O mandatário boliviano, Evo Morales, também se pronunciou e pediu pronta ação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para evitar que tal cooperação prospere: “Não podemos permitir que a Otan interceda na América Latina. Ter a Otan é uma ameaça para o nosso continente”, advertiu.

Fonte: TeleSUR - Via Vermelho
 
O governo colombiano e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) poderão assinar na próxima terça-feira (25) um acordo de cooperação em matéria de defesa, segundo informou a imprensa colombiana, nesta sexta (21).

Segundo informações do  jornal bogotano El Tiempo, o documento – que a princípio será denominado de “Acordo de cooperação e defesa” – será rubricado pelo ministro de Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón e o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen e, possivelmente, terá um segundo capítulo nos próximos meses.

O acordo, que deverá ser ratificado pelo Congresso e passará pelo filtro da Corte Constitucional, será feito em Bruxelas (Bélgica), sede da Aliança do Atlântico, onde é esperada a presença de Pinzón nos próximos dias.

Após a Força Aérea Colombiana realizar exercícios de treinamento, em maio deste ano, com aviões da Otan no Canadá, este é o primeiro convênio oficial com a aliança, que neste momento tem frontes abertos no Afeganistão e Iraque.

Apesar da adesão da Colômbia na Otan ser inviável , porque o país “não cumpre os critérios geográficos” o governo colombiano insiste em converter-se em um “sócio em matéria de cooperação” da aliança. 
Na véspera, o ministro de Defesa sustentou que a aproximação da Colômbia com a Otan se sustenta só “em um acordo de cooperação em assuntos de segurança, porque a Colômbia terá a possibilidade de expor experiências nestes temas”. "Estamos interessados em receber experiências de outros países, pois queremos alcançar outros padrões de segurança na luta contra ameaças transnacionais”, agregou.

Por sua vez, os Estados Unidos expressaram seu apoio ao anúncio do mandatário colombiano, de que a Colômbia inicie uma “aproximação” com Otan tendo em vista um possível ingresso nesta organização defensiva e o considerou um reflexo da “capacidade” das Forças Armadas da Colômbia.

Pinzón comentou que os militares colombianos “são convidados para o exterior para ministrarem cursos,  contar suas experiências e também militares de outros países chegam para treinar; é uma atividade que está ocorrendo há muito tempo”.

O Exército da Colômbia, no entanto, tem um longo histórico de denúncias por violações de direitos humanos e os chamados “falsos positivos”, como se sabe o assassinato de civis inocentes por dos militares para apresentá-los como guerrilheiros mortos em combate e ganhar privilégios.

Os governos da América Latina, como a Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua, rechaçam a determinação da Colômbia por considerar que viola os tratados de paz da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e implica em um perigo de intervenção militar para as nações da América Latina e Caribe.

Fonte: TeleSUR - Via Vermelho