
Para todas as realizações do Brasil ao longo dos últimas décadas - uma
economia mais forte, as eleições democráticas, mais dinheiro e atenção
voltadas para as necessidades dos pobres - ainda há uma enorme distância
entre as promessas dos governantes de esquerda do Brasil e as duras
realidades do dia-a-dia fora da elite política e empresarial.
O Banco Mundial lista o Brasil como a sétima maior economia do mundo, mas o coloca nos últimos 10% em igualdade de renda. Seus adolescentes de 15 anos de idade estão próximos da parte inferior dos rankings globais de habilidades de leitura e de matemática. Uma sucessão de seus principais políticos têm sido implicados em esquemas flagrantes de propina e outros desvios de dinheiro público.
O Banco Mundial lista o Brasil como a sétima maior economia do mundo, mas o coloca nos últimos 10% em igualdade de renda. Seus adolescentes de 15 anos de idade estão próximos da parte inferior dos rankings globais de habilidades de leitura e de matemática. Uma sucessão de seus principais políticos têm sido implicados em esquemas flagrantes de propina e outros desvios de dinheiro público.

Mas as marchas e manifestações desta semana revelaram uma indignação pública em relação às prioridades de gastos distorcidas e às falhas na educação e em outros serviços sociais, bem como apresentaram um amplo eleitorado para a mudança. Na cidade de Fortaleza, na quarta-feira (19), os fãs de futebol que estavam no estádio recentemente construído e os craques em campo sinalizaram apoio aos manifestantes que estavam do lado de fora.
A maioria silenciosa do Brasil parece estar encontrando sua voz política. Dilma, que vai tentar a reeleição no próximo ano, terá de enfrentar as novas demandas com substância, bem como com solidariedade.
Fonte: NYT/UOL - Tradução: Thiago Varella
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