A força de oposição Coligação Nacional Síria denunciou esta terça-feira que, pelo menos, dez pessoas morreram e algumas dezenas ficaram feridas em ataques das forças do regime com bombas de fósforo branco e napalm em Alepo.
Em comunicado, a aliança qualificou de "massacre horrível" o sucedido na localidade de Orum al Kubra, nos arredores de Alepo, que foi bombardeada por aviões de combate com essas substâncias.
Esta denúncia coincide com uma crescente pressão internacional contra Damasco, com ameaças de intervenção militar, depois do suposto ataque químico na passada quarta-feira nos arredores da capital e que, segundo a a força de oposição, matou 1.300 pessoas.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres, e os Médicos Sem Fronteiras apontam, no entanto, para cerca de 300 mortos.
Na Síria, encontra-se uma equipa de especialistas da ONU para investigar se foram usadas armas químicas no país.
A Coligação Nacional Síria não especifica quando foi perpetrado este novo ataque, ainda que diversos grupos de ativistas tenham relatado, na segunda-feira, vários bombardeamentos com "substâncias estranhas" em Orum al Kubra, afirmando que os corpos ficaram gravemente queimados e desfigurados.
A aliança da oposição apelou à comunidade internacional para compreender "a gravidade das consequências da violência sistemática do regime contra os civis e dos seus ataques ferozes em centros residenciais."
A Liga Árabe pediu hoje ao Conselho de Segurança da ONU que supere as diferenças entre os seus membros e tome medidas "dissuasoras e necessárias" contra o regime sírio, a quem responsabilizou pelo uso de armas químicas contra os civis.
Os Estados Unidos já anunciaram a sua certeza de que o regime sírio usou armas químicas e está em consultas com os seus aliados sobre uma resposta a Damasco.

Do JN 

Nota: Israel também usa o fósforo branco em seus ataques aos palestinos.