A
Índia tornou publico os requisitos para adquirir nove aeronaves de médio alcance
para patrulha marítima e reconhecimento (mrmr). As aeronaves devem ser equipadas para ataque com misseis anti-navio.
A Cifra do certame gira em torno do valor de 2 bilhões de dólares. E foram mandados os requisitos as empresas Alenia da Itália; as norte-americana Boeing e
Lockheed Martin; Saab, da Suécia, a Alemã EADS, a Francesa Dassault, a brasileira Embraer e a Bombardier do Canadá.
A compra é uma reedição de uma licitação para compra assemelhada de meados de 2008 oportunidade em que foi cancelada, em razão da impossibilidade de atendimento dos requesitos pelas empresas licitantes.
A época o objetivo era a substituição dos Islanders da
Marinha indiana (BN-21A) aeronaves de vigilância, que foram utilizados
para vigilância costeira por muitas décadas.
Os Islander, foram adquiridos em 1976 e devem ser cedidos a Guarda Costeira ou
serem doados a países estrangeiros, disse uma fonte do
Ministério da Defesa indiano. A Índia há alguns anos doou duas aeronaves Islander a Mianmar.
segundo informações os requisitos para a aeronave de patrulha marítima de porte médio são: Autonomia de quatro horas e um alcance de cerca de 400 milhas náuticas. Fontes Marinha Indiana disseram que em relação 2008 foi alterado o alcance que antes era de 500 milhas náuticas e autonomia de seis horas.
A razão para a alteração tem natureza técnica pois de 2008 para cá a índia adquiriu 12 aviões patrulha de longo alcance aviões e reconhecimento marítimo Poseidon da Boeing em uma negociação direta de governo a
governo ao custo total de 3 bilhões de dólares.
Foram oito Poseidons P-8I no contratado em janeiro de 2009 ao custo de 2,1
bilhões de dólares e mais quatro P-8Is contratados no mês passado, ao custo de 1 bilhão de dólares.
O concurso que hora se avizinha com estes requisitos vislumbra uma aeronave de patrulha média que porte misseis anti-navio e não misseis antissubmarino (torpedos - que em tese seriam carregados em uma baia interna). O Certame de 2008 exigia uma aeronave equipada com mísseis
anti-navio, e não era específico quanto aos mísseis
anti-submarino. O atual certame requer o fornecimento de peças e o avião deverá ser capaz de realizar o reconhecimento marítimo, guerra
anti-superfície, inteligência eletrônica, medidas de suporte eletrônico,
a comunicação de inteligência, busca e salvamento e evacuação médica. O avião deverá ter dois motores, de geração atual e munido de controle
digital.
Sobre as capacidades do sistema de armas os requisitos indicam que o avião patrulha deverá ter capacidade de detecção e de rastreamento contra alvos aéreos.
A aeronave também deve transportar e lançar pelo menos dois mísseis
anti-navio contra navios de superfície com distancia de pelo menos 100
quilômetros. Quanto a capacidades de vigilância de alvos, a aeronave deve ser capaz de rastrear até 200 alvos de superfície simultaneamente. Alem dissso deverá estar apta a operar em condições tropicais existentes na região do Oceano Índico, além é claro de estar dotada de sistema anti-corrosão que protegerá a aeronave, os seus motores e sistemas.
Nota: Não é segredo que desde 2012 a Embraer Defesa e Segurança (EDS) se prepara para a participação no
processo de seleção internacional de um novo avião de patrulha marítima
para a Índia. A empresa brasileira já é fornecedora
da aviação militar indiana nessa linha de produtos, de inteligência e
coleta de informações.
EMB 145 MP, antes denominado P-99, é um integrante da bem-sucedida
família de aeronaves do Sistema de Inteligência, Reconhecimento e
Vigilância, (ISR) da Embraer. Inicialmente chamada de EMB 145 MP/ASW
(Maritime Patrol/Anti-Submarine Warfare), é uma aeronave de última
geração desenvolvida para atender missões de patrulhamento marítimo,
além de desenvolver complexas e exigentes missões anti-submarino. A aeronave foi desenvolvida a partir da plataforma do ERJ-145 e
equipada com radar e sensores eletróticos, equipamento de vigilância de
comunicações e consoles de comando e controle. Possui comunalidade com outras versões especiais, como o EMB 145
AEW&C e o EMB 145 MULTI INTEL, e a comunalidade básica de plataforma
com mais de 900 aviões de linha aérea regional em operação no mundo
inteiro, proporciona altos níveis de disponibilidade e confiabilidade. Sua origem remonta do contrato com o governo do México de 2001, que especificava
uma aeronave de patrulha marítima dotada de sistemas de Inteligência de
Comunicações (COMINT). O resultado foi uma versão para Patrulhamento
Marítimo e monitoramento/vigilância de Zonas Econômicas Exclusivas (EEZ)
e mar territorial.
By Vinna - Com Informações do Defense News, Estadão, Embraer e Le Monde
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