O drone é uma das tecnologias que mais tem chamado a atenção nos últimos
meses. Equipados para resistir a trabalhos pesados e ambientes hostis,
esses equipamentos podem ter diversas utilidades. No entanto, se você
ainda tem dúvidas sobre o que é um drone e para que eles servem, não se
preocupe. O TechTudo reuniu as principais informações sobre esta
tecnologia.
Dones são equipamentos que podem ser usados para multiplas funções (Foto: AFP)
- O que é um drone?
A associação mais simples para entender o que são drones, e mesmo para
que servem, é lembrar de brinquedos de controle remoto. O conceito é
simples: com um controle via rádio, você pode manobrar um drone sem
tocar nele. No geral, estes aparelhos são concebidos para realizar
tarefas arriscadas ao ser humano ou ferramentas para trabalhos que
ninguém quer realizar.
Essas características ajudam a entender como esses equipamentos se
tornaram muito comuns entre aparatos militares e de vigilância. No
entanto, há aplicações mais pacíficas, como no uso profissional de
fotógrafos, resgates e limpeza de lixo tóxico. Conheça melhor algumas
utilidades:
- Profissional audiovisual
Storm Drone 4 foi criado para funcionar com uma GoPro e custa aproximadamente R$ 2300 no Brasil (Foto: Divulgação)
Os drones tem sido muito adotados por fotógrafos e cinegrafistas como
suporte para câmeras com o objetivo de fazer imagens aéreas de
casamentos, atividades esportivas e outras festividades. No Brasil, é
possível comprar alguns modelos em lojas específicas por valores que
partem dos R$ 2 mil. Muito leves, esses aparelhos costumam ter baterias
bem pequenas, o que reduz sua autonomia de voo para poucos minutos.
- Trabalho sujo
Quando grandes volumes de material radioativo são liberados na
natureza, é necessário coletá-los rapidamente. No entanto, como essas
substâncias são altamente nocivas, drones podem ser empregados nesse
tipo de trabalho. No Japão, por exemplo, o acidente de Fukushima
desencadeou o desenvolvimento de diversas unidades para trabalhar em
acidentes radioativos. Infelizmente, os primeiros protótipos só ficaram
prontos quando o vazamento já estava fora de controle, mas isso não
impediu o uso dos aparelhos.
O T-Hawk
(à esquerda) foi usado em Fukushima para registrar imagens dos reatores
danificados. No futuro, drones poderão ser usado na limpeza de material
tóxico (Fotos: Engadget/CNN)
Na época do desastre, os japoneses mandaram um T-Hawk, drone equipado
com câmeras, para capturar imagens do interior dos reatores danificados e
estimar danos e estratégias de contenção dos vazamentos. Esse tipo de
imagem seria impossível de se obter sem um drone, já que seres humanos
não sobreviveriam a uma viagem até a área para informar os estragos e
estimar caminhos de ação.
- No ar
Há ainda drones com uso mais ofensivo, armados para bombardear alvos
militares. Assim como os modelos de vigilância, eles voam para áreas
pré-determinadas, onde soltam bombas sobre os alvos. No geral, são
aviões mais simples e a perda dessas máquinas, em virtude da defesa do
inimigo, não representam grandes perdas. Afinal, o custo de uma aeronave
não tripulada é muito inferior ao de aviões convencionais e a sua queda
não representa custo humano.
É comum associar drones com suas aplicações militares e de vigilância (Foto: Reprodução/Wired.com)
Para se ter uma ideia, um drone da Força Aérea Norte-americana pode
custar entre 800 mil e US$ 1 milhão (Entre R$ 1,8 milhão e R$ 2,2
milhões). Enquanto isso, um caça pode chegar a US$ 65 milhões (cerca de
R$ 145 milhões).
Em grandes eventos, como na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos
de 2016, há a promessa das autoridades brasileiras de que equipamentos
semelhantes serão utilizados para vigilância e segurança.
- Outras aplicações
Em certo sentido, satélites e sondas espaciais também podem ser
considerados drones: são aparelhos com funções complexas, desenvolvidos
para operar em ambiente hostil ao homem e controlados remotamente. Há,
também, drones submarinos, que podem submergir a profundidades
impraticáveis para submarinos tripulados.
Do TechTudo - Por Felipe Garrett
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