Os 36 caças suecos vão custar ao Brasil US$ 4,5 bilhões. O ministro 
Celso Amorim (Defesa) confirmou na tarde desta quarta-feira (18) que o 
Brasil escolheu os caças Gripen NG, da empresa Saab, para o projeto FX-2 da Força Aérea Brasileira.
Segundo Amorim, a escolha dos suecos levou em conta a performance, a 
transferência efetiva de tecnologia e o custo. A aquisição das 
aeronaves, contudo, não é imediata. O cronograma prevê entregas de 
aviões até 2023.
"Levará um tempo ainda. A Aeronáutica vai discutir o contrato. É um 
processo que sabemos que é algo demorado", afirmou o ministro.
A transferência de tecnologia vai ser definida nessa nova fase, na qual 
serão discutidos detalhes do contrato. Estima-se que demore cerca de 10 
meses a um ano para formalizar a compra. Os primeiros aviões vão chegar 
48 meses depois de assinado o contrato.
A discussão de compras se arrasta desde 2001, no final do governo 
Fernando Henrique Cardoso. Os três concorrentes eram o Rafale, da 
França, Boeing F/A-18 dos Estados Unidos, e Gripen NG da Suécia.
Em 2009, durante visita do então presidente francês Nicolas Sarkozy, o 
caça Dassault Rafale foi anunciado como o escolhido pelo presidente 
Lula, mas o governo brasileiro recuou após a insatisfação da FAB, que 
não havia sido consultada sobre a decisão. 
Também pesou contra os franceses o preço do Rafale, cujo pacote inicial 
chegou a US$ 8 bilhões. No governo Dilma, os americanos ofereceram um 
atraente pacote, orçado em US$ 7,5 bilhões mas com muitas compensações. 
No entanto, o escândalo de espionagem contra o Brasil por parte da 
Agência Nacional de Segurança norte-americana derrubou politicamente o 
negócio.
Assim, o Gripen, criticado por ser menor do que os concorrentes e menos 
testado em combate, voltou à condição de favorito que a própria FAB 
havia declarado em seu primeiro relatório sobre a escolha, em dezembro 
de 2009. O pacote de 36 aviões foi oferecido inicialmente por US$ 6 
bilhões, mas a compra acabou em US$ 4,5 bilhões.
CRONOLOGIA
1994 Governo começa a procurar interessados em oferecer um novo 
avião de caça e superioridade aérea para substituir os Mirage e os F-5
Jul.2001 FHC lança programa de modernização da FAB, de US$ 3,54 bilhões em 7 anos. F-X é a prioridade, com US$ 700 milhões
Ago.2001 Edital é lançado. Sukhoi, Mirage, F/A-18, F-16, MiG-29, Eurofighter e Gripen são oferecidos
Out.2001 ''Short-list'' decidido, já sem F/A-18 e Eurofighter, muito caros
Nov.2002 FHC deixa decisão para o sucessor
Jan.2003 Projeto adiado sob alegação de que combate à fome é prioritário; tudo é reexaminado
Out.2003 Processo é reaberto e fabricantes refazem propostas
Abr.2004 Reunião do Conselho de Defesa para decidir o caso é adiada indefinidamente
Fev.2005 Concorrentes recebem carta anunciando fim do F-X
Abr.2005 Russos, suecos, americanos e franceses refazem propostas alternativas de compra direta ou aluguel
Jul.2005 Governo assina memorando para aquisição na França de 12 Mirage-2000C/B
2006 FAB começa a receber novas propostas para os caças, e o programa ganha o nome de F-X2
Out.2008 FAB exclui o Sukhoi-35 (Rússia) e o Eurofighter (EADS). Ficam na disputa o Saab Gripen NG, o Boeing F/A-18 e o Dassault Rafale
Jan.2009 A Folha revela que a FAB dá preferência ao pacote do Gripen
Set.2009 Lula anuncia a compra do Rafale de forma atabalhoada. Recua em seguida
Dez.2009 FAB faz novo relatório, ajustado para aprovar todos os aviões, mas mantém preferência pelo Gripen
Jan.2011 Dilma assume e adia a decisão. Nos próximos dois anos, os americanos ganham terreno
Mai.2013 Boeing assina acordo com a Embraer para vender avião cargueiro brasileiro, virando favorita absoluta ao negócio
Jul.2013 As revelações da espionagem americana contra Dilma e outras autoridades derruba politicamente as chances da Boeing
Dez.2013 O governo escolhe o Saab Gripen 
Do UOL 
 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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