A escolha do Saab Gripen NG pela FAB (Força Aérea Brasileira) é 
resultado de uma combinação de fatores, mas o resultado é decorrência de
 algo raro em compras militares: quem ofereceu o melhor preço, levou.
Todos os números desse negócio são estimativas, e executivos da empresa 
vão se reunir ainda hoje com a FAB para uma reunião justamente para 
acertar os próximos passos.
Na fase inicial de propostas, em 2008, o pacote do Gripen saía por US$ 6
 bilhões (hoje algo mais que R$ 12 bilhões, mas é impreciso usar câmbio 
do dia em compras deste tipo). O do concorrente francês Dassault Rafale,
 US$ 8 bilhões estimados. Já o americano Boeing F/A-18 foi o único a ter
 o preço determinado, já que a empresa tem de informar o Congresso 
americano: US$ 7,5 bilhões.
O avião sueco também é mais barato de operar, por ser monomotor --contra
 os modelos com duas turbinas concorrentes, preferidos de forma geral 
por pilotos, pela lógica de que se um motor pifar, o outro segue 
operando. A hora-voo dele é estimada por especialistas em US$ 4.000 em 
uma configuração de patrulha. O F-18, entre US$ 10 mil e US$ 14 mil. O 
Rafale, US$ 14 mil. Os dados são da Saab, mas não foram contestados pela
 concorrência.
Além disso, há a questão da transferência tecnológica. Embora nenhum 
avião tenha 100% de transferência, a França fazia essa propaganda e os 
EUA, penavam pela tradição de embargos colocarem em risco o fornecimento
 futuro de peças.
O Gripen usa muitas partes americanas, por sinal, a começar pelo motor 
--que é idêntico ao do F/A-18. Por isso, nos bastidores dizia-se que os 
EUA não se importariam com a vitória do sueco, desde que os franceses 
fossem os derrotados.
Mas a vantagem maior oferecida pela Saab é que como o NG (de Nova 
Geração, em inglês) é um avião em desenvolvimento, a partir das versões 
anteriores do Gripen, o Brasil poderia participar mais ativamente do 
processo de integração dos sistemas do avião --ou seja, "aprender" como 
se faz um supersônico avançado com aviônicos de última geração.
Tanto Dassault como Boeing ofereciam outras compensações, de 
transferência de tecnologias sensíveis (túneis de vento supersônicos, 
materiais compostos), mas seus aviões já estavam "prontos". A 
expectativa é de os primeiros aviões venham de fora e, progressivamente,
 sejam montados no Brasil, com nacionalização. A Saab já tem uma unidade
 operando em São Bernardo do Campo
Nos últimos dois anos, durante o governo Dilma, as propostas foram 
revisadas, mas os números são sigilosos. Sabe-se que a Dassault baixou 
em US$ 2 bilhões sua proposta comercial, mas os dados reais só serão 
conhecidos quando o contrato for assinado.
Em apresentações recentes, a Saab afirmava que seria possível 
estabelecer um programa de construção em sete anos, com os primeiros 
cinco aviões já montados no primeiro. Mais: prometia que desembolsos 
efetivos do governo brasileiro só começariam no oitavo ano, 
estendendo-se por mais.
Não se trata apenas da compra de 36 aviões --28 de um lugar e 8, de 
dois. São comprados também mísseis de longo alcance, bombas, alvos 
rebocáveis para treinos, todo pacote de logística e treinamento. Agora, 
Brasil se une à Suécia e à Suíça no time dos compradores dessa nova 
versão do Gripen. O modelo anterior é operado por Suécia, África do Sul,
 República Tcheca, Hungria, Tailândia e Reino Unido (só treinamento). 
Do UOL 
 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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