Segundo o site do jornal Folha de S.Paulo, o caça Gripen NG, da sueca Saab, será o escolhido.
Uma fonte a par do assunto disse à Reuters que a Saab ainda não recebeu qualquer palavra do governo brasileiro sobre o contrato, mas que executivos da empresa se reunirão com autoridades locais em Brasília no fim desta tarde.
O programa brasileiro, conhecido como F-X2, foi iniciado em maio de 2008 e tem o objetivo de adquirir inicialmente 36 novos caças para a FAB. As aeronaves substituirão a atual frota, que está obsoleta.
"Instruí o ministro da Defesa, Celso Amorim, a anunciar hoje a decisão quanto à compra do F-X, e quanto à parceria que nós iremos fazer para o F-X2", disse Dilma em discurso durante confraternização de fim de ano com as Forças Armadas.
O anúncio será feito na tarde desta quarta no Ministério da Defesa, em Brasília.
Além do Gripen NG, os caças Rafale, da francesa Dassault, e F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, são os outros dois finalistas que estão na disputa.
O Gripen NG é apontado como o mais barato dos três concorrentes e pode ter se favorecido num momento em que o governo brasileiro sofre para cumprir suas metas fiscais. Também teria um bom pacote de transferência de tecnologia.
O Rafale era apontado por especialistas como o mais caro dos três e as chances do F-18 ficaram em xeque após as recentes denúncias de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA a empresas e cidadãos brasileiros e até mesmo às comunicações pessoais de Dilma.
Durante seu discurso no almoço com os chefes militares, Dilma disse que acontecimentos recentes mostraram que as riquezas brasileiras podem suscitar comportamentos intrusivos à soberania nacional, numa aparente menção velada ao episódio de espionagem dos EUA.
Desde o início do F-X2, autoridades brasileiras têm insistido que a transferência de tecnologia seria um dos principais fatores a serem considerados na escolha.
Ao anunciar em seu discurso que a decisão seria divulgada nesta quarta, Dilma acrescentou que também seriam divulgadas "parcerias" a serem feitas no programa F-X2.
Empresa brasileira com presença nos mercados de defesa aérea domésticos e externos, a Embraer pode ser uma das beneficiárias dessas parcerias.
Da Reuters
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