O coordenador-geral do Programa de Desenvolvimento de Submarinos
(Prosub), almirante de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld, informou
que o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear ficará pronto
em 2023. O programa foi criado em 2008, a partir de acordo de cooperação
e transferência de tecnologia entre Brasil e França.
O almirante participou esta semana de audiência
pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.
Além do submarino nuclear, o programa sob a responsabilidade da Marinha
vai construir outros quatro submarinos de propulsão convencional, além
de uma base naval e um estaleiro, em Itaguaí, no Rio.
O almirante defendeu a necessidade de o país
desenvolver e manter forte sistema de defesa. Ele justificou que o país é
foco de “ambições”, em razão de suas riquezas naturais e capacidades.
Para o almirante, Max Hirschfeld o Brasil
precisa estar preparado para o futuro com uma Força Armada potente.“Não
para entrar em guerra, ao contrário, mas exatamente para ter o poder de
dissuasão”, observou o almirante e coordenador-geral do programa.
PODER DE DISSUASÃO
Segundo o almirante, um submarino de propulsão
nuclear é ideal, já que é considerada a arma de maior poder de dissuasão
que existe. Entre outras vantagens, ele destacou o poder de
deslocamento e a capacidade de se manter submerso de forma prolongada.
Isso ocorre porque pela capacidade de gerar oxigênio.
GANHO DE AUTONOMIA
Com o Prosub, o coordenador do programa disse
que o Brasil ganha capacidade não apenas para construir, mas também de
projetar equipamentos convencionais e nucleares. Ele explicou que o
acordo com o governo francês assegura a transferência de toda a
tecnologia necessária para esse ganho de autonomia.
CICLO TECNOLÓGICO
O almirante fez questão de esclarecer, contudo,
que o país já domina todo o ciclo tecnológico para a construção do
reator de propulsão nuclear que será usado no projeto, que é de
responsabilidade da estatal Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (Nuclep),
que está sendo desenvolvido em São Paulo.
CONSELHO DA ONU
O almirante Max Hirschfeld previu que o país
será visto com muito mais respeito no cenário internacional. Ele
acredita que, como parte do seleto grupo de nações com capacidade de
projetar e construir equipamentos, terá condições de conquistar um
assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Do: O Dia
Uma pequena e relativamente desconhecida empresa holandesa, a ASML, fabrica
talvez o dispositivo não militar...
O post ASML: A empresa holandesa por trás...
Há 13 horas
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