Um equivocado sinal de emergência emitido na noite de ontem por uma
aeronave da American Airlines mobilizou a Força Aérea Brasileira em
torno de uma suposta tentativa de sequestro em pleno voo. Com o alerta
acionado, um caça F-5 da FAB foi destacado para localizar e escoltar o
avião da companhia americana, que fazia a rota Rio de Janeiro - Miami.
O F-5 acompanhou o Boeing 767 da American Airlines até o pouso, à 0h04
desta segunda (3), no Aeroporto Internacional de Manaus, uma escala não
prevista no roteiro.
Em solo, uma equipe da Polícia Federal ficou de prontidão, à espera da
aeronave. Na incursão pelos corredores do Boeing, no entanto, os agentes
constataram que não havia ameaça alguma.
Em nota, o Comando da Aeronáutica informou que o sistema de controle do
tráfego aéreo identificou no radar que o voo 904 da American Airlines
havia acionado o código relativo à "interferência ilícita". Esta
classificação está associada ao sequestro de aeronave.
Diante deste tipo de alerta, a orientação é encaminhar o avião para uma aterrissagem em uma zona segura mais próxima.
"Por razões óbvias, em uma situação como esta, não é possível confirmar
com o piloto, via rádio, se está tudo bem. O procedimento é acionar um
caça para a escolta até o local do pouso", explicou à Folha um funcionário do Comando da Aeronáutica.
As causas que levaram à emissão do sinal de emergência ainda são desconhecidas, segundo a Força Aérea Brasileira.
O avião da American Airlines - que havia decolado às 22h do Aeroporto
Internacional do Galeão, no Rio - pousou às 9h32 (no horário de
Brasília) em Miami.
Em nota, a American Airlines não forneceu detalhes sobre o problema.
Informou apenas que "lamenta por qualquer inconveniente e esclarece que a
segurança dos passageiros e da tripulação é a prioridade da companhia".
Da Folha
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