O Boeing 777 da Malaysia Airlines sofreu um desvio de rota antes de sumir dos radares. A afirmação da Força Aérea da Malásia trouxe, nesta terça-feira (11), ainda mais dúvidas sobre o que teria acontecido com o avião que desapareceu, na Ásia, no último sábado (8).
E pra alimentar ainda mais esse mistério, o transponder da aeronave, o aparelho que transmite dados sobre a posição do avião para as torres de controle, parou de emitir sinais 50 minutos antes dessa mudança de rota. Não se sabe se foi desligado de propósito ou se houve uma falha.
Ainda há muitas informações desencontradas tanto por parte das autoridades da Malásia quanto por parte da companhia aérea. E essa falta de clareza alimenta uma série de especulações sobre o que realmente aconteceu com o avião: falha mecânica, sabotagem, falha humana ou atentado terrorista, hipótese que perdeu força nesta terça.
A polícia internacional divulgou, nesta terça-feira (11), a imagem dos dois jovens iranianos que embarcaram no avião da Malásia Airlines usando passaportes roubados.
De acordo com a Interpol, o mais novo, de 19 anos, teria como destino final a Alemanha, onde mora a mãe. Aparentemente ele tinha a intenção de imigrar clandestinamente. O outro, de 29 anos, terminaria a viagem em Copenhague, na Dinamarca.
Até agora não há nenhuma evidência de que os dois teriam ligação com alguma organização terrorista. Apesar disso, nesta terça, o chefe da CIA, a Agência de Espionagem Americana, disse que não descarta a possibilidade de atentado terrorista.
"Estamos tentando juntar as peças, mas este ainda é um mistério enorme", afirmou John Brennan.
O Boeing 777 é considerado um dos aviões comerciais mais seguros do mundo. "Tão sofisticado que envia sinais para a companhia área sobre problemas de manutenção antes mesmo de a aeronave pousar", diz Steve Wallace, ex-investigador de acidentes aéreos.
A área de busca foi estendida novamente nesta terça e o governo chinês redirecionou dez satélites para ajudar a encontrar algum vestígio do avião. Há sinais de que a aeronave estava a centenas de quilômetros da rota que deveria ter seguido para Pequim pouco antes de desaparecer.
Segundo a força aérea da Malásia, a aeronave fez a última comunicação a uma e meia da manhã de sábado (8), hora local, pouco depois de começar a sobrevoar o mar rumo à costa do Vietnã. Cinquenta minutos mais tarde, radares teriam detectado a posição da aeronave sobre uma pequena ilha no estreito de Malacca, o que indicaria uma mudança radical de rota.
A falta de informações aumenta o nervosismo de parentes dos passageiros que buscam respostas. Nesta terça (11), em um encontro com autoridades da força aérea da Malásia, foi impossível conter a emoção.
Parentes e amigos dos passageiros e tripulantes do voo ainda alimentam esperanças. Alguns disseram que ao ligar para os celulares deles, os telefones tocaram, mas que ninguém atende. Especialistas afirmaram que, em ligações internacionais, é possível a pessoa que liga ouvir o sinal de que o telefone está chamando, mas que isso não significa, segundo eles, que os telefones estejam ligados.


Do JN