http://i1.r7.com/data/files/2C95/948E/3220/1487/0132/29DC/99FB/45EE/lixo-espacial-tl-20110902.jpgUma pesquisa da Universidade Nacional da Austrália poderá resultar, finalmente, em uma solução viável para uma das atuais preocupações da NASA e de outras agências espaciais: o lixo espacial. O estudo, ainda em desenvolvimento, prevê o disparo de raios laser para dar fim a todo o aparato que vaga inutilmente ao redor do planeta.
O lixo espacial é formado por satélites desativados, propulsores descartados após o lançamento de missões, destroços de naves danificadas, entre outros. O maior problema aqui é o risco de satélites e outros equipamentos espaciais em uso serem atingidos por algum destes materiais – até mesmo um mero parafuso pode causar estragos, dada a velocidade com a qual o objeto se move.
Como agravante, há o risco de um problema chamado Síndrome de Kessler (nome em homenagem a Donald J. Kessler, consultor da NASA que descreveu a teoria), onde detritos espaciais colidem com outros de maneira sucessiva, gerando uma espécie de reação em cadeia que pode atingir proporções desastrosas. O fenômeno foi retratado com maestria no filme Gravidade.


A ideia do laser para combater o problema tem pelo menos quatro anos, mas somente agora é que as pesquisas vêm apresentando resultados animadores. De acordo com Matthew Colless, diretor da Escola de Astronomia e Astrofísica da Universidade Nacional da Austrália, o projeto poderá entrar em funcionamento dentro dos próximos dez anos.
A iniciativa faz parte de um contrato para investigação de lixo espacial estabelecido pela NASA com o governo australiano. Com US$ 20 milhões fornecidos por este último mais outros US$ 40 milhões oriundos da iniciativa privada será possível a criação, ainda em 2014, de um centro de pesquisa para aperfeiçoar o laser do projeto.
Este trabalho poderá resultar em um laser tão eficiente que até mesmo lixo de pequeno porte poderá ser alcançado. Falando assim, a gente logo pensa no objeto explodindo ao ser atingido pelo feixe, não é mesmo? É uma imagem empolgante, só que a proposta não funciona desse jeito.
Os feixes de laser serão disparados a partir de pontos estratégicos na Terra (para evitar intercorrências no tráfego aéreo) com o intuito de mudar a trajetória do equipamento alvejado para que este entre na atmosfera terrestre e então se desintegre. O risco de satélites em uso serem atingidos pelo laser é praticamente nulo, garantem os pesquisadores.
Com informações: Reuters


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