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O artigo afirma que Oleksander Kiva, vice-presidente da Antonov,
esteve em Salvador para negociar a construção de uma fábrica em Ilhéus.
Inicialmente os planos seriam relacionados apenas ao An-38-100, um
turbo-hélice de asa alta com capacidade para até 27 passageiros e 2.500
kg de carga paga.
O modelo destinado ao mercado regional tem potencial de vendas em
alguns mercados latinos, em especial nos países andinos, devido a boa
performance e a capacidade de transporte adequada a região.
Entretanto, a Antonov não confirma a visita e nem mesmo comenta os
planos diante da crise na Ucrânia. Ainda assim, no último dia 5 de
fevereiro, executivos da Antonov e autoridades ucranianas e membros da
sociedade civil se reuniram para discutir estratégias defensivas para a
indústria local.
O conselho foi formado por figuras públicas progressistas, como o
primeiro presidente da Ucrânia, Leonid Kravchuk. Também tem como membros
Dmytro Kika, presidente da Antonov; além de diversos líderes da
indústria, políticos, militares, cientistas e jornalistas.
Recentemente Dmytro Kika esteve em Portugal buscando uma parceria
para a instalação de uma unidade no país. O objetivo seria produzir
alguns modelos de aviões, que não foram divulgados, para o mercado
africano. Porém, o governo português não tomou qualquer decisão e nem
comenta o assunto.
De acordo com analistas dificilmente a Antonov terá condições ou
interesse de transferir toda sua estrutura para outro país. “Podem
construir uma nova planta visando diversificar o negócio. Dificilmente o
governo, mesmo fragmentando, permitirá a Antonov abandonar
completamente a Ucrânia”, afirma Olavo Gomes, consultor aeronáutico. “A
transferência completa também seria um pesadelo logístico. Envolveria
transportar todo o ferramental, arquivos, projetos, etc. Isso sem
considerar todos os técnicos e engenheiros”, finaliza.
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