O Brasil adiou o programa Prosuper, por meio do qual pretende comprar 11 navios
de guerra para a Marinha, devido à crise econômica que o país
atravessa, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa, Jaques
Wagner.
Em entrevista coletiva na feira de defesa LAAD, Wagner disse que "não é
razoável" planejar novas aquisições de navios neste ano devido ao
programa de ajustes orçamentários realizado pelo governo.
O comandante da Marinha, o almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira,
afirmou que a licitação, da qual participam sete países, "não está
concluída" e ratificou que o processo está "momentaneamente paralisado".
O programa Prosuper prevê a compra de cinco navios-patrulha oceânicos
de 1.800 toneladas, cinco navios fragata de cerca de 6.000 toneladas e
um navio de apoio logístico de 24.000 toneladas, que terão que ser
fabricados em estaleiros brasileiros.
Os sete estaleiros que apresentaram propostas comerciais são
Thyssenkrupp (Alemanha), DSME (Coreia do Sul), Navantia (Espanha), DCNS
(França), Damen (Holanda), Ficantieri (Itália) e BAE (Reino Unido).
O ministro também informou que, devido à crise econômica,
foi reduzido o ritmo de produção dos 50 helicópteros EC725, que o país
fabrica em associação com a Eurocopter para equipar à Força Aérea.
A LAAD é a maior feira de defesa e segurança da América Latina e reúne
delegações oficiais e cerca de 650 expositores de 71 países.
A feira começou ontem, no centro de convenções Riocentro, no Rio de Janeiro, e terminará na próxima sexta-feira.
Fonte: Exame
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