A redução do preço do petróleo está a fragilizar a economia de vários
países. Em geral, os investimentos na indústria do petróleo caíram para
seu nível mais baixo desde 2000. E as notícias não são animadoras. De
acordo com o último relatório da Agência Internacional de Energia (AIE)
vamos continuar a assistir a um excesso de oferta que deverá
prolongar-se durante o próximo ano, apesar do crescimento do consumo.
Segundo a AIE, as reservas de crude – que já estão em níveis recorde –
vão continuar a crescer, mesmo com o consumo a aumentar para máximos de
cinco anos, em 2015, e com os fornecimentos fora da Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a cair, no próximo ano, pela
primeira vez desde 2008.
Segundo as estimativas da AIE, o excesso de oferta a nível mundial atingirá 1,4 milhões de barris por dia no segundo semestre deste ano, antes de abrandar para cerca de 850 mil barris diários em 2016. O excedente de produção no segundo trimestre foi de 3 milhões de barris por dia, o nível mais alto em 17 anos, de acordo com os dados da agência.
Mercados atingidos A Noruega é um dos principais afetados. Este país que “escapou” praticamente ileso da crise financeira global está agora a “tremer” com a crise do crude. De acordo com vários analistas da Bloomberg, se o barril de Brent continuar por muito mais tempo abaixo dos 50 dólares, o país escandinavo “vai enfrentar um desastre econômico”.
O sinal de alarme já tinha sido dado, no passado mês de Julho, quando a petrolífera norueguesa Statoil revelou que tinha entrado no “vermelho”, com perdas de 2800 milhões de euros no primeiro semestre do ano. Um cenário que obrigou a empresa a levar a cabo vários cortes nas despesas e nos investimentos.
O que é certo é que a economia norueguesa também já começou a sentir estes efeitos. A taxa de desemprego neste país subiu para 4,3% em Maio, um número nunca visto nos últimos 11 anos.
Mas a Noruega não é um caso isolado. Também o Canadá está a ser atingido por este colapso dos preços do crude. Alberta, província petrolífera – também conhecida por “Texas do Canadá” e produz mais de 70% do petróleo e do gás natural do Canadá, sendo boa parte destes recursos naturais exportados para os Estados Unidos – já suspendeu alguns projectos neste sector e está a sofrer com o aumento da taxa de desemprego. A Shell e da Cenovus Energy Inc. são algumas das petrolíferas a suspender projectos. Esta última anunciou, no final de Julho, que previa eliminar entre 300 a 400 postos de trabalho no segundo semestre de 2015. Já de acordo com as últimas estatísticas do país, só esta província perdeu 14 mil postos de trabalho em Fevereiro e a taxa de desemprego atinge atualmente os 5,7%.
Quem também não fica alheio a esta crise da cotação internacional do barril de crude é Angola. As receitas fiscais angolanas da exportação de petróleo caíram 40% em Julho face ao mesmo mês de 2014 para cerca de mil milhões de euros, segundo os últimos dados do Ministério das Finanças. O preço médio de cada barril exportado por Angola entre Janeiro e Junho fixou-se em 54,92 dólares, quando há um ano era de 106,98 dólares. O petróleo garantiu em 2014 cerca de 70% das receitas fiscais angolanas, mas este ano não deverá ultrapassar os 36,5%.
O que é certo é que os principais países produtores, Arábia Saudita, EUA, Rússia e Iraque, não dão sinais de quererem abrandar a produção e os preços, que caíram 60% desde de 2014, deverão manter-se baixos nos próximos meses.
Segundo as estimativas da AIE, o excesso de oferta a nível mundial atingirá 1,4 milhões de barris por dia no segundo semestre deste ano, antes de abrandar para cerca de 850 mil barris diários em 2016. O excedente de produção no segundo trimestre foi de 3 milhões de barris por dia, o nível mais alto em 17 anos, de acordo com os dados da agência.
Mercados atingidos A Noruega é um dos principais afetados. Este país que “escapou” praticamente ileso da crise financeira global está agora a “tremer” com a crise do crude. De acordo com vários analistas da Bloomberg, se o barril de Brent continuar por muito mais tempo abaixo dos 50 dólares, o país escandinavo “vai enfrentar um desastre econômico”.
O sinal de alarme já tinha sido dado, no passado mês de Julho, quando a petrolífera norueguesa Statoil revelou que tinha entrado no “vermelho”, com perdas de 2800 milhões de euros no primeiro semestre do ano. Um cenário que obrigou a empresa a levar a cabo vários cortes nas despesas e nos investimentos.
O que é certo é que a economia norueguesa também já começou a sentir estes efeitos. A taxa de desemprego neste país subiu para 4,3% em Maio, um número nunca visto nos últimos 11 anos.
Mas a Noruega não é um caso isolado. Também o Canadá está a ser atingido por este colapso dos preços do crude. Alberta, província petrolífera – também conhecida por “Texas do Canadá” e produz mais de 70% do petróleo e do gás natural do Canadá, sendo boa parte destes recursos naturais exportados para os Estados Unidos – já suspendeu alguns projectos neste sector e está a sofrer com o aumento da taxa de desemprego. A Shell e da Cenovus Energy Inc. são algumas das petrolíferas a suspender projectos. Esta última anunciou, no final de Julho, que previa eliminar entre 300 a 400 postos de trabalho no segundo semestre de 2015. Já de acordo com as últimas estatísticas do país, só esta província perdeu 14 mil postos de trabalho em Fevereiro e a taxa de desemprego atinge atualmente os 5,7%.
Quem também não fica alheio a esta crise da cotação internacional do barril de crude é Angola. As receitas fiscais angolanas da exportação de petróleo caíram 40% em Julho face ao mesmo mês de 2014 para cerca de mil milhões de euros, segundo os últimos dados do Ministério das Finanças. O preço médio de cada barril exportado por Angola entre Janeiro e Junho fixou-se em 54,92 dólares, quando há um ano era de 106,98 dólares. O petróleo garantiu em 2014 cerca de 70% das receitas fiscais angolanas, mas este ano não deverá ultrapassar os 36,5%.
O que é certo é que os principais países produtores, Arábia Saudita, EUA, Rússia e Iraque, não dão sinais de quererem abrandar a produção e os preços, que caíram 60% desde de 2014, deverão manter-se baixos nos próximos meses.
Do Jornal I
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